O governo federal ainda não descartou a retomada do horário de verão em 2025, após seis anos de suspensão da medida. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o tema é avaliado.
“A análise de 2025 busca avaliar os resultados dos estudos prospectivos ligados ao atendimento do pico de demanda de energia, para suprir a carga de forma coordenada, considerando o comportamento da geração não despachável das usinas solares e fotovoltaicas”, afirma em nota.
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Horário de verão vai voltar? Veja o que diz governo: A medida tinha como objetivo reduzir a sobrecarga no setor elétrico
“Vale ressaltar que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico segue acompanhando o sistema elétrico, subsidiando as autoridades com informações atualizadas para fins da decisão mais adequada”, acrescenta o ministério.
Como funcionava?
O horário de verão foi criado com o objetivo de aproveitar a luz natural e evitar o aumento de consumo de energia no horário de pico, das 18h às 21h.
O horário de verão foi adotado no Brasil entre os meses de outubro e fevereiro. Nesse período, os relógios eram adiantados em uma hora em diversos estados e no Distrito Federal. A medida tinha como objetivo reduzir a sobrecarga no setor elétrico, diminuindo os impactos nas linhas de transmissão, nas subestações e nos sistemas de distribuição.
Em 2019, no entanto, o governo federal decidiu extinguir o horário de verão. A justificativa foi a de que os benefícios deixaram de ser relevantes, já que mudanças no comportamento da população e no consumo de energia reduziram os efeitos positivos da medida.
O Plano da Operação Energética (PEN 2025), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), indica a possibilidade do horário para minimizar a pressão no SIN (Sistema Interligado Nacional).
O documento aponta que a geração de energia no país cresceu, puxada principalmente pelas fontes de energia intermitentes, como a eólica, solar e a mini e microgeração distribuída solar.
O horário de verão ajuda a reduzir a pressão causada pelo consumo de energia nos horários de pico do Sistema Interligado Nacional. Com a diminuição da demanda nesses momentos críticos, o uso de termelétricas é evitado, o que contribui para manter os preços de energia mais estáveis para os consumidores.