A famosa rede de lojas Maxxi Econômica, tradicional no setor de farmácias e fundada em 1950 no Rio Grande do Sul, entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa, que já chegou a operar com 200 unidades e 1,5 mil funcionários, atualmente conta com 60 lojas e cerca de 620 colaboradores.
Segundo é dito para GZH, a defesa da rede, o objetivo do processo é garantir a continuidade das atividades, mantendo o atual porte já reduzido após cortes de custos e reestruturações. O pedido, que ainda aguarda autorização da Justiça, inclui um plano de renegociação de dívidas e a possibilidade de venda de alguns ativos.
A dívida apresentada no processo soma R$ 71,5 milhões, envolvendo principalmente bancos, ex-funcionários e fornecedores. Fora do processo, ainda existem débitos tributários e com cooperativas, que elevam o valor total para aproximadamente R$ 100 milhões.
Famosa rede gaúcha de lojas de farmácias pede recuperação judicial após dívidas milionárias: dificuldades

A Maxxi Econômica enfrenta dificuldades há anos. A crise financeira se intensificou durante a pandemia, quando a rede, que havia expandido rapidamente, encontrou barreiras para acessar crédito. Além disso, os altos juros do período agravaram a situação.
Outro impacto veio com a enchente do ano passado, que chegou a inundar 20 farmácias da empresa, provocando prejuízos significativos e acelerando a necessidade de reestruturação.
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O plano que será apresentado aos credores prevê a troca de dívidas mais caras por financiamentos com juros menores, além de negociações já em andamento. A intenção é preservar empregos e garantir a permanência da famosa rede de lojas no mercado, ainda que em menor escala.