O programa Crédito do Trabalhador já movimentou mais de R$ 3,1 bilhões desde o lançamento e ultrapassou a marca de 500 mil contratos de empréstimo. Ao todo, foram registradas 501.301 operações, número superior à quantidade de trabalhadores beneficiados (500.083), porque alguns possuem mais de um vínculo de emprego.
O objetivo do programa é ampliar o acesso ao crédito com taxas menores, aproveitando a segurança da folha de pagamento e a possibilidade de usar o FGTS como garantia. Segundo a Dataprev, o valor médio de cada empréstimo é de R$ 6.284,45, com parcelas em torno de R$ 350,11 e prazo de até 18 meses.
Criado para facilitar o acesso ao crédito, o programa contempla trabalhadores com carteira assinada (CLT), incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempresas. Atualmente, cerca de 47 milhões de brasileiros podem solicitar o novo consignado.
A adesão não depende da autorização do empregador, e as parcelas são descontadas diretamente na folha, via eSocial. Cada trabalhador pode comprometer até 35% do salário com o pagamento do empréstimo. Diferente do consignado do INSS, não há teto fixo de juros, mas os bancos prometem taxas mais baixas pela garantia do FGTS — que pode cobrir até 10% do saldo disponível e 100% da multa rescisória em caso de demissão.
Como contratar o empréstimo passo a passo
- Acesse o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
- Faça login com sua conta gov.br.
- Entre no menu “Empréstimos” e clique em “Ir para Empréstimos”.
- Selecione “Faça uma simulação”.
- Informe o valor desejado e o número de parcelas.
- Autorize o compartilhamento de dados com os bancos.
- Analise as propostas e escolha a melhor opção.
Os valores e condições variam conforme o salário, o tempo de serviço e as garantias oferecidas. É possível contratar o crédito mesmo sem usar o FGTS, mas nesse caso o valor liberado pode ser menor.
A Febran estima que, nos próximos quatro anos, cerca de 19 milhões de trabalhadores CLT devem contratar algum tipo de empréstimo pelo programa, movimentando até R$ 120 bilhões em novos contratos. A partir de 25 de abril, os bancos também poderão oferecer o serviço diretamente em suas plataformas digitais, aumentando ainda mais o alcance da iniciativa.