Parece coisa do passado, mas a tendência é atual: cada vez mais famílias estão resgatando o telefone fixo infantil para proteger as crianças da hiperconexão e oferecer uma experiência de comunicação mais simples e saudável.
O telefone fixo infantil voltou a ganhar atenção entre pais que desejam adiar o contato dos filhos com os celulares. Nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, grupos de mães e pais estão formando comunidades em defesa do aparelho retrô, valorizando a simplicidade e a interação real.
Telefone fixo vai voltar? Especialistas em saúde mental e neurociência defendem o atraso do contato com smartphones
Com o telefone fixo, não há redes sociais, notificações nem distrações infinitas. As crianças aprendem a conversar de verdade, ouvir com atenção e praticar paciência, além de exercitar a boa educação ao pedir para falar com um amigo. Também desenvolvem habilidades práticas, como memorizar números ou anotá-los em uma agenda, algo cada vez mais raro em tempos de comunicação instantânea.
Startups já estão criando versões modernas dos telefones fixos infantis. Algumas funcionam via wi-fi, outras com chip de celular, mas todas mantêm o visual retrô. A Tin Can Kids, por exemplo, desenvolveu aparelhos em formato de latas coloridas, inspirados na tradicional brincadeira com barbante que simulava ligações.
Especialistas em saúde mental e neurociência defendem o atraso do contato com smartphones. O córtex pré-frontal, região cerebral que controla impulsos e decisões, só amadurece plenamente depois dos 15 anos. Quanto mais tarde o celular entrar na vida da criança, menores são as chances de dependência digital no futuro.
Para muitos pais, a volta do telefone fixo infantil não é nostalgia. É uma estratégia consciente, uma tentativa de devolver à infância a simplicidade das conversas e a liberdade de brincar sem telas por perto. Afinal, crescer ouvindo um simples “alô, quem fala?” pode ser mais revolucionário do que parece.
