A Justiça Federal do Amazonas condenou um homem a 456 anos, dois meses e 15 dias de prisão por múltiplos crimes sexuais cometidos contra a própria filha de 10 anos. Os abusos ocorreram entre julho e setembro de 2024 e foram transmitidos ao vivo por meio de plataformas da darkweb, com monetização dos conteúdos.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o réu foi enquadrado por estupro de vulnerável, exploração sexual, produção e divulgação de material de abuso sexual infantil, entre outros delitos. Preso, ele confessou os crimes.
Condenado a 456 anos: crimes com alcance internacional
A sentença da 2ª Vara Federal Criminal do Amazonas destacou a “brutalidade dos atos” e a “necessidade de uma pena exemplar”. A competência federal foi definida pela natureza transnacional dos crimes, já que os vídeos foram divulgados em fóruns internacionais frequentados por pedófilos.
A decisão cita 11 vídeos localizados na base de dados da Interpol, nos quais o réu aparece abusando da filha. As gravações foram feitas com celular, sob orientação para ocultar o rosto da vítima, e transmitidas ao vivo em plataformas como Buzzcast. Parte dos abusos teria sido presenciada por outro filho menor do acusado.
Manipulação e perversidade
O réu admitiu ter se aproveitado da relação de afeto com a filha para cometer os crimes. A sentença afirma que os atos foram praticados no ambiente doméstico, geralmente quando a companheira do réu estava ausente ou dormindo. Os abusos evoluíram de carícias até conjunção carnal.
A Justiça considerou que as condutas se enquadram perfeitamente nos tipos penais descritos na denúncia e que o caso exige resposta penal proporcional à gravidade dos crimes.
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