O Exército brasileiro determinou tolerância zero para aglomerações e atos próximos a unidades militares em Brasília, em meio ao julgamento de Bolsonaro e de outros militares envolvidos no chamado plano de golpe. A primeira fase do julgamento começa nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF) e seguirá com atenção especial às manifestações convocadas para o dia 7 de setembro, data que coincide com atos previstos em comemoração à Independência do Brasil.
Segundo o Comando Militar do Planalto (CMP) e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a segurança será reforçada tanto durante o julgamento quanto ao longo do período das manifestações. Em Brasília, os atos devem se concentrar em áreas como a Torre de TV, longe dos quartéis e da Praça dos Três Poderes, evitando qualquer risco para as unidades militares.
Oficiais do Exército afirmam que não devem ocorrer atos próximos aos quartéis. A postura do Alto Comando é clara: punir maus militares envolvidos na trama, mas preservar as instituições. A cúpula também rechaçou a ideia de um golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, o que gerou descontentamento entre seus apoiadores.
Julgamento de Bolsonaro: Exército determina “tolerância zero” perto de quartéis: primeira fase
Nesta primeira fase do julgamento, serão analisados o próprio Bolsonaro, que é capitão do Exército, o tenente-coronel Mauro Cid, delator da trama, três generais de quatro estrelas — Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Walter Braga Netto — e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.
A medida reflete a preocupação das Forças Armadas com o histórico de manifestações de apoiadores de Bolsonaro em frente a quartéis, como ocorreu após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, quando grupos permaneceram acampados em Brasília e organizaram atos de pressão política.
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Com a proximidade do 7 de setembro, data simbólica e marcada por atos políticos, o Exército reforça que a segurança e a ordem serão prioritárias, garantindo que os julgamentos e as manifestações ocorram sem incidentes nas áreas militares.