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25 de setembro de 2025

Medicamento que atrasa efeitos do Alzheimer começará a ser vendido no Brasil

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve associados ao Alzheimer

O Kisunla (donanemabe), novo tratamento para pacientes em estágios iniciais da doença de Alzheimer, começará a ser disponibilizado no Brasil. Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o medicamento demonstrou eficácia em retardar a perda cognitiva em pessoas diagnosticadas com a condição.

Por enquanto, o remédio só poderá ser acessado em clínicas e hospitais particulares, devido ao alto custo. Não há previsão de incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) nem de cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

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O Kisunla foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril de 2025 e faz parte de uma nova geração de medicamentos contra o Alzheimer, após mais de duas décadas sem avanços relevantes.

Trata-se de um anticorpo monoclonal capaz de eliminar placas de beta-amiloide, proteína que se acumula no cérebro de pacientes e está associada à progressão da doença.

Perspectivas do novo tratamento

Especialistas avaliam que a chegada do Kisunla representa um marco no enfrentamento ao Alzheimer, embora ainda restrito pelo custo elevado e pela ausência de cobertura ampla no sistema de saúde brasileiro. A expectativa é que novos estudos e negociações ampliem o acesso nos próximos anos.

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve associados ao Alzheimer.

O medicamento é injetável por via intravenosa, administrado mensalmente em ambiente clínico ou hospitalar. A duração do tratamento pode variar de acordo com cada paciente: vai da eliminação das placas no cérebro até, no máximo, 18 meses, conforme avaliação e acompanhamento médico.

Matheus Ferreira
Matheus Ferreira
Estudante de jornalismo, o pelotense Matheus Ferreira escreve notícias sobre economia, segurança, cotidiano e saúde.
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