A Operação Carrasco, deflagrada pela Polícia Civil em Canoas nesta quinta-feira (4), revelou denúncias chocantes: cães teriam sido sacrificados com injeções letais na Secretaria de Bem-Estar Animal. Segundo a investigação, o objetivo da prática seria reduzir custos da pasta, que enfrentava superlotação e falta de recursos.
De acordo com relatos colhidos pela polícia, as eutanásias não seguiam critérios técnicos ou clínicos, mas sim uma decisão administrativa de contenção de gastos. A informação é de que semanalmente caminhonetes retiravam os corpos dos animais mortos, sem registro adequado no sistema de controle do município.
A suspeita principal recai sobre a ex-secretária de Bem-Estar Animal, exonerada em agosto. Ela teria autorizado ou anuído às práticas, que foram descritas como uma “matança desmedida” por denunciantes e integrantes de entidades de proteção animal.
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Durante a operação, foram apreendidos documentos, computadores e registros que podem comprovar a irregularidade. A polícia também recolheu informações sobre microchips implantados em animais, para comparar os números oficiais com os desaparecimentos relatados.
O caso ganhou ainda mais repercussão porque muitos dos cães mortos haviam sido entregues pela população com a esperança de adoção.
O que diz a Prefeitura sobre o caso dos animais mortos em Canoas?
Nota na íntegra
“A Prefeitura de Canoas recebe com indignação as denúncias relacionadas à operação realizada na manhã desta quinta-feira (4). A administração municipal sempre se comprometeu a tratar o cuidado com os animais como prioridade. A Prefeitura reitera que colabora com as investigações e abriu um expediente interno para apurar os fatos com todo o rigor.”