A Polícia Civil confirmou por exame de DNA a identidade da mulher que teve partes do corpo colocadas em uma mala na rodoviária de Porto Alegre. A vítima é Brasília Costa, de 65 anos, natural de Arroio Grande, que morava na zona norte da Capital e trabalhava como manicure.
O crime chocou o Estado após o tronco da vítima ser encontrado no guarda-volumes da rodoviária, no dia 20 de agosto. Dias antes, outras partes já haviam sido localizadas em sacos plásticos no bairro Santo Antônio. O comparativo genético comprovou que todos os restos mortais eram da mesma mulher.
O principal suspeito é Ricardo Jardim, de 66 anos, preso preventivamente na última quinta-feira (4). Ele já havia sido condenado a 28 anos de prisão em 2018 pelo assassinato da própria mãe, cujo corpo foi concretado dentro de um móvel no apartamento da família. Após receber progressão de regime no ano passado, estava foragido desde o início de 2025.
A polícia acredita que Brasília foi morta no quarto da pousada onde vivia com Jardim. A investigação aponta para feminicídio com motivação financeira. Apesar da prisão, ainda restam pontos a esclarecer, como a forma exata da morte da vítima, se por uso de sedativo ou sufocamento.
DNA confirma identidade de vítima no caso do corpo em mala na rodoviária de Porto Alegre: mais partes humanas encontradas
A brutalidade do crime ganhou novos contornos após a localização de mais fragmentos humanos. Uma perna foi encontrada boiando no Guaíba, no bairro Ipanema, e outros restos foram achados na orla, na região do Pontal. A suspeita é de que também pertençam a Brasília, mas novos exames devem confirmar a relação. O crânio da vítima ainda não foi localizado, e a polícia investiga se o suspeito teria tentado dispersar a cabeça em outro ponto da cidade.
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O caso segue em investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que trabalha com a tese de crime planejado e brutal. A prisão de Jardim foi decretada pela Justiça, e novas perícias devem apontar os detalhes que faltam para a conclusão do inquérito.