A Polícia Civil segue em busca da cabeça da mulher esquartejada que teve o corpo deixado em uma mala na rodoviária de Porto Alegre. A vítima foi identificada como Brasília Costa, de 65 anos, manicure e cabeleireira, natural de Arroio Grande, no Sul do Estado.
O suspeito do crime é o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, que foi transferido no último domingo (7) para a Penitenciária Estadual de Charqueadas II. Ele já havia sido condenado em 2018 a 28 anos de prisão por matar a própria mãe, em Porto Alegre, e estava foragido desde 2024.
Polícia ainda procura cabeça de vítima que teve parte de corpo deixado em mala em Porto Alegre: pode nunca ser localizada
De maneira informal, o suspeito teria dito aos agentes que jogou a cabeça da vítima em um lixo orgânico na região do Gasômetro. A polícia teme que o material já tenha sido recolhido por caminhões de coleta e triturado junto aos resíduos, cujo destino final é um aterro sanitário em Minas do Leão, na Região Carbonífera.
Pernas encontradas na zona Sul
No fim de semana, duas pernas de mulher foram encontradas na orla do Guaíba, nos bairros Ipanema e Cristal. Embora exames de DNA ainda estejam em andamento, a polícia acredita que os membros pertençam à mesma vítima, já que o suspeito relatou ter arremessado partes do corpo em um arroio no Cristal.
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Além disso, cortes e detalhes das embalagens coincidiam com os restos mortais já localizados em outros pontos da Capital, como o bairro Santo Antônio e a rodoviária.
O crime
Segundo a investigação, Brasília Costa foi morta por motivação financeira. O suspeito vivia em uma pousada no bairro São Geraldo e era sustentado pela vítima. Depois do crime, ele teria usado o celular dela para enviar mensagens aos familiares, tentando despistar o desaparecimento.
Câmeras de segurança registraram o momento em que ele abandonou a mala com o tronco humano no guarda-volumes da rodoviária, no início de setembro.
Caso ganha novos contornos
Apesar da prisão, a principal dúvida da polícia é se a cabeça da vítima poderá ser encontrada, já que esse detalhe é crucial para confirmar a dinâmica do crime.