A Polícia Civil confirmou a identificação da mulher assassinada e esquartejada em Porto Alegre no mês passado. Partes do corpo da vítima foram encontradas em uma mala deixada no guarda-volumes da rodoviária da Capital em 20 de agosto. O exame de DNA comprovou que os restos mortais pertenciam a Brasília Costa, de 65 anos, conhecida como Bia.
Quem era a mulher que teve parte de corpo abandonado dentro de mala em rodoviária: relação com autor do crime
Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Brasília era natural de Arroio Grande e trabalhava como manicure na zona norte de Porto Alegre. A investigação apontou que ela mantinha um relacionamento com o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, preso na semana passada como principal suspeito do crime.
Jardim já havia sido condenado em 2018 a 28 anos de prisão por matar a própria mãe e esconder o corpo em um móvel dentro de casa. Em 2024, ele conseguiu progressão de regime, mas desde o início deste ano estava foragido. A Polícia Civil acredita que Brasília foi morta no quarto da pousada onde o casal vivia e que o crime teve motivação financeira.
A identificação de Brasília só foi possível após coleta de material genético de um familiar, analisado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Os exames comprovaram que o tronco encontrado na mala da rodoviária e os membros localizados em diferentes pontos da cidade pertenciam à mesma vítima. O DNA de Jardim também foi identificado nos sacos plásticos usados para descartar partes do corpo.
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Nos últimos dias, novos fragmentos humanos foram encontrados na orla do Guaíba, nos bairros Ipanema e Pontal. A polícia investiga se também pertencem à vítima da rodoviária. O crânio de Brasília ainda não foi localizado, e a suspeita é de que o criminoso tenha tentado dispersar a cabeça em outro ponto da cidade.
Preso de forma preventiva, Jardim chegou a alegar que a namorada sofreu um mal súbito, mas a polícia trata o caso como feminicídio premeditado. Os investigadores não descartam que ele tenha usado sedativos ou sufocado a vítima para impedir que ela pedisse socorro. A conclusão depende dos laudos periciais que seguem em andamento.