A britânica Eliana Shaw-Lothian viveu uma experiência que poderia ter terminado de forma trágica. Aos poucos dias do início da vida universitária, em 2023, começou a sentir fortes dores de cabeça, febre alta e mal-estar, mas ignorou os sintomas achando que era apenas uma virose ou enxaqueca.
Só quando os sinais pioraram consideravelmente — com rigidez no pescoço, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e confusão mental — Eliana procurou atendimento médico. O diagnóstico foi meningite bacteriana, uma das formas mais graves da doença, com risco de morte em poucas horas se não tratada a tempo.
O que é meningite bacteriana?
A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A forma bacteriana é altamente perigosa, podendo causar sequelas neurológicas severas, como perda auditiva, dificuldades cognitivas e convulsões.
- Transmissão: ocorre pelo contato com gotículas respiratórias, secreções nasais ou orais e, em alguns casos, via fecal-oral (água ou alimentos contaminados).
- Sintomas principais: febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e confusão mental.
- Em bebês: pode haver irritabilidade, recusa alimentar e sonolência extrema.
Diagnóstico e tratamento
No hospital, Eliana passou por exames de imagem e punção lombar para análise do líquor (fluido que envolve o cérebro e a medula). O exame confirmou a presença da bactéria no sistema nervoso central. O tratamento foi iniciado imediatamente com antibióticos intravenosos e cuidados intensivos.
“Achei muito difícil não ‘voltar ao normal’ imediatamente. Depois de algumas semanas em casa me senti melhor mentalmente, mas meu corpo ainda estava se recuperando”, contou Eliana.
Por que essa história serve de alerta?
Mesmo em países desenvolvidos, o diagnóstico precoce ainda é um desafio, já que os sintomas iniciais se assemelham a outras doenças comuns, como gripes ou viroses. Porém, qualquer um dos sinais — principalmente dor de cabeça forte e repentina com febre alta e rigidez na nuca — deve ser tratado como emergência médica.
A recuperação de Eliana foi positiva, mas muitos casos não têm o mesmo desfecho. Por isso, informação e atenção aos sinais são as melhores armas para salvar vidas.