Um novo estudo apresentado no Congresso Internacional de Transplantes, em Londres, traz esperança para milhões de pessoas com diabetes tipo 1, que dependem de injeções diárias de insulina.
O trabalho foi liderado por Quentin Perrier, da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos.
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Utilizando impressoras 3D, os cientistas produziram células pancreáticas humanas em laboratório. As células permaneceram vivas por até três semanas em tubos de ensaio e continuaram funcionando normalmente, respondendo à glicose com produção de insulina.
Estudo revela possibilidade de acabar com injeções de insulina: O implante poderá ser feito sob anestesia local
O estudo aponta que, no futuro, essas células poderão ser transplantadas em pacientes com diabetes tipo 1, eliminando a necessidade de aplicações diárias de insulina.
Segundo os pesquisadores, o implante poderá ser feito sob anestesia local, com apenas uma pequena incisão, tornando o procedimento mais seguro e confortável que os tratamentos atuais.
Atualmente, os testes estão sendo realizados em animais, e os cientistas buscam métodos de armazenamento de longo prazo para facilitar a aplicação em humanos.
O uso de células para tratar a diabetes tipo 1 já mostrou bons resultados. Um estudo publicado na revista Frontiers of Endocrinology indicou que o transplante de células-tronco permitiu que 84% dos pacientes suspenderam temporariamente o uso de insulina, melhorando a qualidade de vida.
O que é diabetes tipo 1?
A diabetes tipo 1 é uma doença crônica em que o sistema imunológico ataca o pâncreas, prejudicando a produção de insulina. Como a insulina é essencial para controlar o açúcar no sangue, os pacientes precisam aplicá-la diariamente para evitar complicações graves.