O uso indiscriminado da tadalafila, um medicamento indicado para tratar disfunção erétil, está preocupando autoridades sanitárias. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta nesta semana após detectar o aumento expressivo do uso recreativo da substância entre jovens sem indicação médica.
A popularização do medicamento — muitas vezes usado para melhorar o desempenho sexual, por pressão social ou insegurança — está levando a consequências sérias. Além do uso fora das farmácias regulamentadas, o remédio vem sendo comercializado em formato de balas, gomas e cápsulas sem registro oficial, o que eleva ainda mais os riscos à saúde.
Quais são os perigos do uso sem prescrição?
De acordo com a Anvisa, a tadalafila, quando usada sem orientação médica, pode levar a complicações gravíssimas:
1. Infarto Agudo do Miocárdio
O medicamento causa vasodilatação e altera a pressão sanguínea, podendo levar ao colapso do sistema cardiovascular em pessoas saudáveis.
2. Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O uso indevido pode causar aumento ou queda brusca da pressão arterial, favorecendo derrames cerebrais.
3. Arritmias Cardíacas
O impacto sobre o sistema circulatório pode causar batimentos irregulares e até parada cardíaca.
4. Dependência Psicológica e Disfunção Erétil Psicogênica
Jovens que usam o medicamento com frequência podem desenvolver dependência emocional da substância, perdendo a confiança no próprio desempenho e gerando disfunção sexual induzida pelo medo de falhar sem a droga.
Comercialização irregular agrava o problema
Um dos fatores que mais contribuem para o uso recreativo da tadalafila é a venda clandestina. Produtos vendidos fora de farmácias e sem receita médica — como gomas, pastilhas e “suplementos” — não possuem controle de dosagem, podendo conter substâncias tóxicas ou quantidades perigosas da substância ativa.
Esses itens não são aprovados pela Anvisa e colocam os usuários em risco extremo, principalmente por passarem uma falsa sensação de segurança.
O que diz a Anvisa sobre o uso da tadalafila?
A agência reforça que a tadalafila deve ser usada somente com prescrição médica, após avaliação clínica adequada. A automedicação pode colocar a saúde em risco e gerar efeitos colaterais graves, irreversíveis em alguns casos.
“A busca por melhora no desempenho sexual deve ser feita com responsabilidade, e nunca por conta própria. A pressão estética e social não pode comprometer a saúde dos jovens”, afirma o alerta da Anvisa.
Recomendação final:
- Evite automedicação
- Nunca compre medicamentos fora de farmácias autorizadas
- Busque orientação médica para qualquer dificuldade sexual
- Desconfie de gomas, balas ou suplementos que prometem efeito imediato
O cuidado com a saúde começa com informação e responsabilidade. A tadalafila é um medicamento sério, e o uso indevido pode custar caro.