A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou recentemente o lemborexante, um novo medicamento contra a insônia que está sendo comercializado com o nome Dayvigo. Fabricado pela farmacêutica japonesa Eisai, o remédio chega ao Brasil com a promessa de oferecer tratamento eficaz para distúrbios do sono com menor risco de dependência, algo comum em medicamentos tradicionais como os benzodiazepínicos.
O que é o Dayvigo e como ele age no cérebro?
O lemborexante age de forma diferente dos remédios convencionais para dormir. Em vez de induzir o sono diretamente, ele bloqueia os sinais que mantêm o cérebro acordado. Segundo o neurologista Lucio Huebra, do Hospital Sírio-Libanês:
“Essa classe impede a ação do combustível que mantém o interruptor do cérebro na posição ‘acordado’”, explica o especialista.
Essa abordagem reduz os efeitos colaterais e o risco de dependência que são comuns em medicamentos que induzem o sono diretamente.
Qual é a dose recomendada do lemborexante?
A dose indicada pela Anvisa é de 5 mg por noite, tomada poucos minutos antes de dormir. Dependendo da resposta do paciente, o médico poderá aumentar para até 10 mg por noite. Importante: o uso é restrito a adultos.
Por que ele é diferente dos remédios tradicionais?
Os medicamentos mais usados no Brasil, como os benzodiazepínicos, são eficazes no curto prazo, mas podem causar:
- Dependência química
- Déficit cognitivo com uso prolongado
- Interações perigosas com álcool
- Efeitos colaterais mais agressivos
O lemborexante oferece uma alternativa mais segura, com menor potencial de abuso e dependência.
O Dayvigo já é aprovado em outros países?
Sim. O medicamento foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos em 2019. Agora, com a aprovação da Anvisa, passa a ser comercializado também no Brasil, representando uma nova opção de tratamento para quem sofre com insônia crônica ou de difícil controle.
Quem pode usar o Dayvigo?
O uso do Dayvigo está autorizado apenas para:
- Adultos com insônia diagnosticada
- Pessoas que não respondem bem a outros tratamentos
- Pacientes que buscam alternativas com menos risco de dependência
Existe contraindicação?
Como todo medicamento, o lemborexante deve ser prescrito por um médico. É contra-indicado para:
- Menores de idade
- Gestantes ou lactantes (sem orientação médica)
- Pessoas com histórico de alergia ao princípio ativo