Um casal foi preso preventivamente na última sexta-feira (19) pela Polícia Civil de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, suspeito de agredir o próprio filho, um bebê de apenas três meses.
Pai admitiu agressões
Durante interrogatório, o pai, de 26 anos, confessou ter “sacudido” o bebê e realizado massagens de forma agressiva em mais de uma ocasião. Ele também relatou que, em determinado momento, puxou o cobertor em que a criança estava enrolada, o que provocou uma fratura no fêmur direito.
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Após bebê chegar em estado grave em hospital, pais são presos: O bebê passou mal e deu entrada no Hospital de Tramandaí em estado gravíssimo
A mãe, de 27 anos, negou agressões diretas, mas admitiu que sabia da falta de paciência do companheiro com o bebê e mesmo assim deixava a criança sob os cuidados dele. A polícia concluiu que o menino foi vítima de reiteradas agressões físicas, configurando crime de lesão corporal grave em contexto de violência doméstica.
O caso chegou à Polícia Civil de Imbé na semana passada, após o Conselho Tutelar registrar ocorrência policial. A entidade havia recebido um ofício do Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre, relatando suspeitas de maus-tratos.
Segundo a investigação, no dia 26 de agosto o bebê passou mal e deu entrada no Hospital de Tramandaí em estado gravíssimo, apresentando palidez e sinais de sofrimento. Exames confirmaram a fratura no fêmur direito, além de múltiplas lesões em diferentes estágios de cicatrização, indicando agressões em dias distintos.
No Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre, médicos identificaram ainda um sangramento cerebral, hemorragias retinianas (na retina dos olhos) e lesões compatíveis com as síndromes do Bebê Sacudido e da Criança Espancada.
O bebê segue internado em observação, enquanto os pais permanecem presos preventivamente e responderão por lesão corporal grave em continuidade delitiva.
