Uma comunidade terapêutica em Novo Hamburgo (RS) foi interditada temporariamente na última terça-feira (20) após denúncias de maus-tratos e irregularidades. A operação contou com a participação da Polícia Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Social.
Segundo a delegada Marina Goltz, os acolhidos eram submetidos a castigos físicos e medicamentosos. Entre as punições aplicadas a quem violava regras estavam: Mata-leão, amarrações na cama e socos no rosto.
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Comunidade terapêutica no RS é fechada por maus-tratos a internos: Não havia nenhum responsável pelo local
No momento da fiscalização, não havia nenhum responsável pelo local. Os internos estavam sob os cuidados de outro acolhido, que atuava como monitor.
As denúncias também apontam que a comunidade realizava internações compulsórias, sem informar aos acolhidos sobre seus direitos.
De acordo com a polícia, os internos não tinham ciência de que poderiam interromper o tratamento a qualquer tempo.
Além disso, não havia documentação sobre os acolhimentos, e a alimentação era considerada inadequada e insuficiente para as cerca de 30 pessoas que viviam no local. Todos foram encaminhados para suas famílias.
A Polícia Civil também apura denúncias de apropriação indébita de bens dos internos. O estabelecimento terá 15 dias para apresentar defesa.