A relação entre alimentação e risco de câncer tem sido amplamente estudada por instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Instituto Nacional do Câncer dos EUA e órgãos de vigilância sanitária de diversos países. Segundo especialistas, determinados alimentos, quando consumidos com frequência ou preparados de maneira inadequada, podem conter substâncias associadas ao desenvolvimento de diferentes tipos de câncer.
Abaixo, você confere os 20 alimentos e hábitos alimentares mais citados em pesquisas científicas por aumentarem o risco de câncer — principalmente quando fazem parte de uma dieta pobre em fibras, rica em gorduras ruins, aditivos químicos e excesso de calorias.
Alimentos que causam câncer: e ingredientes com potencial cancerígeno
- Embutidos (presunto, salsicha, bacon): ricos em nitritos e nitratos, que podem se transformar em nitrosaminas, substâncias ligadas ao câncer colorretal.
- Carnes defumadas: o processo de defumação gera hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), considerados cancerígenos.
- Carnes vermelhas (bovina, suína, cordeiro): associadas ao aumento do risco de câncer colorretal, especialmente quando grelhadas ou fritas em alta temperatura.
- Fast food (hambúrgueres, pizzas, etc.): contém gorduras trans, sódio e conservantes, ligados à obesidade e a certos tipos de câncer.
- Salgadinhos industrializados: como batatas fritas e biscoitos, ricos em acrilamida e gorduras trans.
- Bebidas alcoólicas: aumentam o risco de câncer de fígado, esôfago, boca, garganta e mama.
- Refrigerantes e sucos industrializados: o excesso de açúcar favorece a obesidade, fator de risco para câncer.
- Alimentos fritos em óleo reutilizado: o aquecimento repetido dos óleos pode formar compostos tóxicos.
- Alimentos carbonizados (churrascos, torradas queimadas): geram PAHs e aminas heterocíclicas.
- Açúcares refinados e xarope de milho (frutose): promovem inflamação e obesidade.
- Adoçantes artificiais: alguns estudos sugerem relação com câncer, mas as evidências ainda são inconclusivas.
- Peixes e outros alimentos defumados: também contêm PAHs, assim como as carnes defumadas.
- Óleos vegetais muito reutilizados: formam compostos oxidativos e tóxicos ao corpo.
- Alimentos enlatados com bisfenol A (BPA): substância presente no revestimento de algumas latas com potencial efeito hormonal.
- Alimentos mofados (amendoins, grãos mal armazenados): podem conter aflatoxinas, altamente cancerígenas.
- Dietas ricas em gorduras saturadas e trans: aumentam o risco de vários tipos de câncer.
- Dietas pobres em fibras: a fibra tem efeito protetor, especialmente no intestino.
- Alimentos com muito sal ou conservas salgadas: associados ao câncer gástrico.
- Produtos ultraprocessados com muitos aditivos: podem causar inflamação e alterações celulares.
- Alimentos irradiados (em alguns casos): embora seguros na maioria dos casos, ainda há discussões sobre possíveis efeitos a longo prazo.
Nem tudo é veneno: moderação é o segredo
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos EUA, a presença desses alimentos em uma dieta não significa que eles causam câncer de forma isolada, mas sim que podem estar associados a um aumento do risco, especialmente se consumidos em excesso e de forma regular.
👉 O ideal é manter uma alimentação equilibrada, rica em:
- Frutas e vegetais frescos
- Leguminosas e cereais integrais
- Alimentos naturais e minimamente processados
Evitar o consumo frequente dos alimentos listados acima e dar preferência a preparações caseiras, com menor teor de sal, gordura e açúcar, é um dos caminhos mais eficazes na prevenção de doenças crônicas, incluindo o câncer.