Desde seu lançamento em 2020, o Pix se tornou o meio de pagamento mais popular do Brasil, sendo rápido, gratuito e acessível a milhões de usuários. Mas o crescimento trouxe também desafios: fraudes cada vez mais sofisticadas exigem novas medidas de segurança.
Para enfrentar esse cenário, o Banco Central anunciou novas regras do Pix, que prometem maior proteção aos usuários e combate eficiente às ações de golpistas.
Bloqueios em cadeia: como funcionam
Uma das principais mudanças é o bloqueio em cadeia. Antes, apenas a conta utilizada na fraude podia ser bloqueada; agora, todas as contas para onde o dinheiro foi repassado podem ser congeladas.
Na prática, isso significa que vítimas de golpes podem ter seu dinheiro recuperado em até 11 dias, mesmo que o valor tenha passado por várias contas diferentes.
Cronograma de implementação
- 1º de outubro de 2025: autoatendimento para contestação de transações disponível em todos os bancos;
- 23 de novembro de 2025: início opcional do bloqueio de contas intermediárias;
- 2 de fevereiro de 2026: bloqueio de contas intermediárias passa a ser obrigatório.
Quem será afetado
Embora o foco seja combater golpistas, usuários comuns também podem ser impactados. Pequenos empreendedores, autônomos e vendedores de produtos usados podem ter contas bloqueadas temporariamente caso o banco identifique movimentações atípicas.
Possíveis impactos
O principal efeito negativo é a demora no acesso ao dinheiro durante bloqueios preventivos, o que pode gerar dificuldades financeiras. Além disso, existe risco de insegurança jurídica, já que pessoas comuns podem ser envolvidas em investigações sem perceber.
Benefícios das novas regras Pix
Apesar de possíveis transtornos, os benefícios são claros:
- Maior chance de recuperar valores em caso de fraude;
- Redução da atuação de contas laranjas;
- Incentivo à formalização de vendas e serviços, com notas fiscais e recibos;
- Mais segurança para todo o sistema financeiro.
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Como se proteger
Para reduzir os riscos, especialistas recomendam:
- Emitir notas fiscais ou recibos sempre que possível;
- Guardar comprovantes de entrega de produtos ou serviços;
- Evitar receber Pix de desconhecidos;
- Responder rapidamente às notificações do banco em caso de contestação.
Por que o Pix é alvo de golpistas
O Pix movimenta mais de R$ 17 trilhões por ano, com transferências instantâneas 24 horas por dia. Esse volume expressivo o torna alvo frequente de criminosos digitais, reforçando a necessidade das novas regras do Pix para proteger usuários e fortalecer o sistema financeiro.