O que seria apenas um momento de lazer virou um caso grave de saúde pública: a atleta americana Alexis Williams, de 23 anos, foi infectada por uma superbactéria comedora de carne após um mergulho em uma piscina de hotel no estado de Michigan, nos Estados Unidos.
Segundo médicos, Alexis contraiu a MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina), uma bactéria altamente resistente a antibióticos que pode causar infecções graves na pele e nos tecidos. A atleta relatou ter sofrido um pequeno arranhão durante o mergulho, mas em menos de 24 horas já apresentava dores intensas e dificuldade para andar.
“Não sabia que estava com uma doença que corrói a carne e que pode até matar”, contou Alexis em entrevista à imprensa americana.
Desde o diagnóstico, a jovem já passou por três cirurgias para conter a infecção, que pode provocar necrose dos tecidos e até levar à morte, se não tratada a tempo. Ela segue em recuperação e atualmente precisa de ajuda para se locomover.
Falha na desinfecção da piscina?
A família da atleta acusa o hotel Residence Inn, localizado em Ann Arbor, de negligência sanitária. Duas inspeções realizadas após o caso indicaram ausência de cloro na água da piscina, o que pode ter contribuído para a proliferação da bactéria.
O hotel informou, por meio da rede CBS News Detroit, que não irá se pronunciar sobre o caso neste momento.
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O que é a superbactéria comedora de carne?
A MRSA é uma bactéria do tipo estafilococo resistente a diversos antibióticos comuns. Ela pode entrar no corpo por meio de feridas, cortes ou arranhões e provocar infecções que rapidamente evoluem para quadros graves, como celulite infecciosa, necrose de tecidos e sepse.
É popularmente chamada de “comedora de carne” devido à sua capacidade de destruir rapidamente os tecidos infectados. Sua presença é mais comum em ambientes hospitalares, mas também pode surgir em locais com pouca higienização ou água contaminada.