O governo federal anunciou um novo benefício que promete mudar a vida de muitos jovens em vulnerabilidade social. Trata-se do Programa de Bolsa Permanência no âmbito do Mais Médicos (PBP-PMM), criado pelo Ministério da Educação (MEC), que garante auxílio para estudantes de baixa renda em medicina. O objetivo é oferecer suporte financeiro mensal para que esses alunos consigam permanecer no curso até a formatura.
Segundo a Portaria nº 655/2025, publicada no Diário Oficial da União, o benefício é exclusivo para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, matriculados em cursos de medicina autorizados pelo programa Mais Médicos. A medida busca evitar a evasão acadêmica causada por dificuldades financeiras e garantir que mais profissionais cheguem ao mercado de trabalho.
Estes estudantes de baixa renda vão ter direito a novo auxílio: quem pode receber?
Para ter direito ao benefício, o estudante precisa estar inscrito no CadÚnico, com registro ativo e atualizado. Além disso, deve atender a alguns critérios específicos, como não ter concluído nenhum outro curso de ensino superior, não ser beneficiário da Bolsa Permanência das universidades federais e não ultrapassar renda familiar bruta de 1,5 salário mínimo por pessoa – o equivalente a R$ 2.277 em 2025.
No caso de estudantes de faculdades particulares, é obrigatório ser bolsista integral da própria instituição. Já nas universidades federais, a prioridade será para aqueles que ingressaram pelo sistema de cotas de vulnerabilidade social.
Como se cadastrar
Os interessados devem realizar o cadastro no Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), acessível com conta Gov.br. Será necessário anexar documentos que comprovem a renda familiar, a matrícula ativa no curso de medicina e assinar o termo de compromisso previsto na portaria.
A seleção dos estudantes será feita diretamente pelas instituições de ensino superior, que deverão priorizar aqueles com menor renda. Dentro de cada faixa de renda, terão preferência os que cursaram o ensino médio em escolas públicas.
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Valor do auxílio
O valor mensal será definido pelo MEC em conjunto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A portaria garante que o pagamento não será inferior ao de uma bolsa de iniciação científica, hoje fixado em R$ 700. O benefício poderá ser acumulado com outras bolsas acadêmicas, desde que o total não ultrapasse 1,5 salário mínimo por mês.
Regras e cancelamento
A bolsa poderá ser suspensa ou cancelada caso o estudante trave a matrícula, troque de curso, perca a bolsa integral na faculdade particular ou tenha rendimento acadêmico insuficiente. Também será motivo de cancelamento a apresentação de documentos falsos ou o acúmulo indevido com outras bolsas de permanência federais.
Um incentivo para concluir a graduação
Com o auxílio para estudantes de baixa renda em medicina, o MEC reforça sua estratégia de ampliar o acesso e a permanência no ensino superior, especialmente em um curso tão exigente e custoso como medicina. A expectativa é que a medida garanta mais médicos formados em regiões onde há maior necessidade, fortalecendo a política do programa Mais Médicos.