Em meio ao crescimento urbano acelerado, a Fonte Dona Josefina em Canoas permanece como um elo entre natureza e história. Localizada na Avenida Santos Ferreira, em frente ao Cemitério Santo Antônio, no bairro Estância Velha, a nascente natural é considerada um patrimônio cultural e ambiental do município gaúcho.
A origem da Fonte Dona Josefina em Canoas
Construída em 1904, a fonte foi erguida dentro da propriedade de Antônio Lourenço Rosa, em homenagem à sua esposa, Dona Josefina. Mais do que um gesto de afeto, o espaço rapidamente se tornou ponto de encontro. Tropeiros que cruzavam a região, vindos do litoral em direção à serra, faziam paradas obrigatórias no local, onde havia mesas, bancos e até canos para canalizar a água.
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Naquele tempo, a fonte não era apenas uma nascente, mas também um espaço de convivência e descanso para viajantes, consolidando-se como parte da memória coletiva da cidade.
Um patrimônio ambiental de Canoas

Atualmente, a importância da Fonte Dona Josefina em Canoas vai muito além do valor histórico. A nascente é responsável por alimentar o Arroio Araçá, curso d’água fundamental para o equilíbrio ambiental da região. Especialistas em meio ambiente reforçam que preservar a fonte significa, ao mesmo tempo, proteger a qualidade da água e a memória da cidade.
Projetos de revitalização
Nos últimos anos, a área passou a receber atenção de iniciativas da Prefeitura de Canoas, universidades e organizações ambientais. A Universidade LaSalle, em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, desenvolve projetos de pesquisa e preservação da fonte.
A revitalização busca resgatar a forma original da nascente e proteger o entorno, constantemente ameaçado pelo acúmulo de lixo, pela contaminação e pelas fortes chuvas que atingem a cidade. O objetivo é transformar novamente o espaço em um ponto de encontro para a comunidade.
Resistência da natureza em meio ao concreto
Entre prédios e ruas movimentadas, a Fonte Dona Josefina em Canoas se mantém como um símbolo de resistência. O local lembra a população de que a preservação da água limpa e da memória cultural é essencial para as futuras gerações. Canoas cresce, se moderniza e se transforma, mas a nascente centenária segue firme, desafiando o tempo e o esquecimento.