O governo do Rio Grande do Sul lançou o SUS Gaúcho, um programa que promete transformar a saúde pública no Estado com a injeção de mais de R$ 1 bilhão até o fim de 2026. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25) no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite e da secretária de Saúde, Arita Bergmann.
O objetivo é claro: reduzir em até 70% as filas de pacientes que aguardam por consultas e cirurgias eletivas, além de reforçar áreas estratégicas como urgência, transporte de pacientes, saúde mental e reabilitação física. Só em 2025, serão R$ 267,7 milhões aplicados, enquanto em 2026 o aporte chegará a R$ 758 milhões.
Entre as prioridades imediatas do SUS Gaúcho estão as duas maiores filas do Estado: oftalmologia e ortopedia, que juntas somam mais de 110 mil pessoas na espera. Segundo o governo, nos próximos três meses, R$ 175 milhões serão destinados apenas para esses atendimentos.
Governo do RS lança o SUS Gaúcho e injetará mais de R$ 1 bilhão na saúde: hospitais municipais no Estado também receberão apoio
Além de cirurgias e consultas, o SUS Gaúcho prevê recursos para fortalecer hospitais municipais e de pequeno porte, ampliar leitos de UTI, financiar UPAs e pronto atendimentos, além de criar equipes de atenção domiciliar (estratégia inédita até então no Estado). O transporte de pacientes também terá reforço significativo, já que cerca de 40% das ausências em consultas acontecem por dificuldades de deslocamento.
Outro ponto importante é que o programa foi estruturado após acordo com o Ministério Público para garantir que o Estado cumpra a aplicação mínima de 12% do orçamento na saúde até 2030, conforme previsto pela Constituição. Entre 2031 e 2035, esse percentual deve chegar a 12,5%, já com valores retroativos.
LEIA MAIS:
- Canoas: caminhão de coleta de lixo tomba e quatro trabalhadores ficam feridos
- Caixa Tem libera crédito para milhões de brasileiros
- Concurso Caixa oferece salários de até R$ 15 mil em vagas de nível médio e superior
Na prática, o SUS Gaúcho não se limita apenas a colocar dinheiro extra na saúde: ele vem acompanhado de um modelo de monitoramento para dar transparência aos gastos e ampliar a cobertura de serviços em áreas historicamente negligenciadas, como saúde mental, reabilitação de pessoas com deficiência e ambulatórios de feridas crônicas.
Se a execução seguir conforme o previsto, o programa deve representar o maior reforço já feito ao sistema público de saúde do Rio Grande do Sul nas últimas décadas.