O delegado Maurício Barison, titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), ganhou o titulo de cidadão canoense. A honraria foi entregue pela Câmara de Vereadores de Canoas na noite desta terça-feira (30).
A homenagem foi proposta pelo vereador Juares Hoy (Progressistas). O parlamentar ressaltou a importância do trabalho do delegado no combate à violência contra crianças e adolescentes.
LEIA MAIS NOTÍCIAS DE CANOAS:
- Canoas receberá investimento do SUS Gaúcho para saúde
- Quando começa a 40ª Feira do Livro de Canoas?
- Posto Avançado de Fiscalização: para que serve a nova estrutura no Calçadão?
“A polícia tem vários métodos de investigações. Todos os crimes tem o seu estilo e na minha opinião, por incrível que pareça, o mais difícil é o combate a violência e o abuso sexual de crianças”, pontua o parlamentar ao ressaltar que, em sua grande maioria, a prática criminosa ocorre “dentro da própria estrutura familiar”.
“O senhor está fazendo um trabalho exemplar. Por isso, esse grande reconhecimento da cidade de Canoas”, ressalta Hoy.
Delegado ressalta trabalho e recorda sua história com Canoas
Em seu discurso de agradecimento, Barison comentou a rotina a frente da delegacia, sua história com Canoas e recordou os resgates da enchente de 2024.
“Aqui, a gente vê muitos momentos felizes da DPCA Canoas, mas essa não é a regra. O sucesso da DPCA Canoas não é a partir desses momentos felizes, mas sim das dores das vítimas. Nós não deixamos essa dor somente com elas, a gente também se apropria, toma posse dessa dor e divide e sofre com elas e lutamos por elas. Minha história aqui em Canoas é marcada por alegrias, dores e sofrimentos. Aqui próximo, perto da Fundação Cultural, tem uma escultura denominada ‘origem em que é um homem em cima de uma tora de madeira esculpindo uma canoa. A minha dor que eu compartilho com os senhores da cidade de Canoas é desse simbolismo. Porque eu vivi, eu vi a enchente. Nós passamos horas e horas molhados no viaduto da Mathias e eu vi do que o povo de Canoas é capaz, de se apropriar da dor do outro”, comenta Barison.
