Uma organização criminosa que utilizava imagens da modelo Gisele Bündchen foi alvo da Operação Modo Selva deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (1°). Um integrante do grupo acabou preso em Canoas.
De acordo com informações da Polícia Civil, a investigação começou após uma vítima registrar uma ocorrência de estelionato com um prejuízo de R$ 44,57. Na época, ela relatou à polícia que teria sido atraída por uma campanha que prometia um “kit antirrugas grátis” supostamente recomendado pela Gisele Bündchen. Para receber o produto, ela pagou uma taxa de frete.
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Com o avançar da investigação, a Delegacia de Polícia de Investigação Cibernéticas Especiais (DICESP-DERCC) descobriu uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas. Para cometer os crimes, eles utilizavam o sistema chamado de deepfake. Na prática, eles juntavam imagens e sons humanos com recursos de inteligência artificial.
O grupo utilizava montagens com imagens e vozes de celebridades para anunciar falsos produtos de beleza. Os criminosos teriam movimentado cerca de R$ 20 milhões.
Grupo criminoso usa imagem da Gisele Bündchen para aplicar golpes: prisão em Canoas
Os policiais cumpriram 26 ordens judiciais, sendo quatro de prisões preventivas, nove mandados de busca e apreensão e sequestro de bens. A ofensiva, além do Rio Grande do Sul, ocorreu também em Santa Catarina, Pernambuco, São Paulo e Bahia.
Quatro pessoas foram presas. Uma das prisões ocorreu em Canoas. O homem de 22 anos era um dos alvos da ofensiva.
Além das prisões, os agentes executaram o sequestro de 10 veículos, bloqueio de investimentos, aplicações, contas bancárias e carteiras de criptoativos. O montante sequestrado pode chegar a R$ 210 milhões.