26.1 C
Canoas
02 de outubro de 2025

Você sabia que a cerveja tem metanol? Entenda se há risco no consumo

Você sabia que a cerveja tem metanol? Descubra o segredo escondido em sua bebida favorita e quando ela pode se tornar perigosa.

Muita gente não imagina, mas sim: a cerveja tem metanol. A substância, que é altamente tóxica em grandes quantidades, aparece de forma natural no processo de fermentação de bebidas como vinhos e cervejas. A dúvida que fica é: será que isso representa algum perigo para quem consome regularmente?

De acordo com especialistas do Conselho Federal de Química, o metanol pode surgir durante a fermentação de frutas ricas em pectina, como uvas e maçãs, mas também em pequenas concentrações em produtos fermentados. No caso da cerveja, isso acontece em níveis considerados baixos e seguros.

Se a cerveja tem metanol, qual a quantidade?

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a cerveja tem metanol em concentrações que variam entre 6 e 27 mg por litro, valores muito inferiores ao que poderia causar intoxicação. Para comparação, doses tóxicas começam em torno de 8 gramas ingeridas, algo impossível de alcançar apenas bebendo cerveja fabricada dentro dos padrões de qualidade.

Isso significa que, ao consumir cervejas de produção regulamentada, não há risco associado ao metanol natural presente na bebida. A legislação brasileira estabelece limites rigorosos para bebidas alcoólicas, justamente para garantir a segurança do consumidor.

O grande perigo, porém, está nas adulterações criminosas. Quando o metanol é adicionado de forma intencional para baratear a produção ou aumentar o teor alcoólico, qualquer bebida pode se transformar em ameaça. Nesse caso, até mesmo cervejas falsificadas podem se tornar fatais, já que o metanol é incolor e tem sabor semelhante ao etanol, o que dificulta a detecção.

Por isso, especialistas reforçam: embora a cerveja tenha metanol naturalmente, os níveis presentes em marcas confiáveis e regulamentadas não oferecem risco. O alerta vale para produtos de origem duvidosa, preços muito abaixo do mercado e a ausência de selo fiscal, sinais de que a bebida pode ter sido adulterada.

LEIA MAIS:

Em resumo, a informação pode assustar à primeira vista, mas a verdade é que a cerveja tem metanol em quantidades mínimas e seguras. O que realmente deve preocupar o consumidor são as adulterações, responsáveis por intoxicações graves e até mortes recentes no Brasil.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS