O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por um contratempo em uma viagem oficial pelo Pará. Antes de decolar de Belém para o município de Breves, no arquipélago do Marajó, na quinta-feira (2), o Lula avião apresentou uma falha que obrigou a troca da aeronave.
Segundo o presidente, houve um problema no motor ainda em solo. “Eu agradeci a Deus porque poderia ter acontecido em pleno voo. Nós descemos com receio de que o avião pegasse fogo”, contou em entrevista à TV Liberal.
“Tivemos que descer, com medo que pegasse fogo”. diz Lula após problema em avião: FAB explica o que ocorreu
De acordo com informações da Força Aérea Brasileira (FAB), o voo estava previsto para ser feito em um C-105 Amazonas, fabricado pela Airbus. O modelo é usado em missões logísticas, transporte de tropas e em deslocamentos presidenciais quando é necessário pousar em pistas curtas.
Durante os testes de partida dos motores, os técnicos detectaram uma falha operacional. Por precaução, e seguindo protocolos de segurança, foi acionada uma aeronave reserva. O presidente então embarcou em um C-97 Brasília, que realizou o trajeto sem intercorrências.
Após o episódio, Lula manteve a agenda em Breves, onde participou de compromissos relacionados à preparação para a COP30, que será sediada em Belém em novembro de 2025.
Durante os discursos, o presidente ressaltou que a conferência não será marcada pelo luxo. “Vou dormir em um barco. É preciso mostrar ao mundo a realidade da Amazônia e do Pará. Será a COP da verdade, não a COP do luxo”, disse.
Lula também respondeu às críticas sobre a rede hoteleira de Belém, considerada insuficiente para receber a conferência. Segundo ele, parte das delegações ficará hospedada em navios que serão adaptados para receber autoridades estrangeiras.
O presidente ainda comparou os questionamentos atuais com os ataques sofridos pelo Brasil na Copa do Mundo de 2014, quando houve denúncias sobre os gastos com estádios. Para ele, trata-se de um “preconceito” contra o país.