Um canudo que detecta metanol em bebidas pode em breve se tornar realidade. A inovação, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), promete oferecer uma forma rápida, barata e precisa de identificar a presença da substância tóxica antes mesmo do primeiro gole.
A ideia é simples e revolucionária: o canudo muda de cor quando entra em contato com o metanol, alertando imediatamente o consumidor sobre o perigo. O projeto é uma extensão de uma pesquisa que já havia desenvolvido um método de detecção por luz infravermelha, capaz de identificar adulterações em bebidas sem precisar abrir a garrafa.
O metanol é um tipo de álcool altamente tóxico, usado em solventes e combustíveis, e nunca deveria estar presente em bebidas alcoólicas. Mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira, falência de órgãos e até a morte. Nos últimos meses, o Brasil registrou mais de 100 casos de intoxicação por metanol, com ocorrências em estados como São Paulo, Bahia e Pernambuco.
De acordo com a professora Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da UEPB, o objetivo é tornar a tecnologia acessível a qualquer pessoa:
“Estamos desenvolvendo um canudo impregnado com uma substância química que muda de cor ao entrar em contato com o metanol. Assim, o consumidor terá segurança imediata de que a bebida é segura”, diz ao portal “já imagiNou isso?”
O impacto da inovação pode ser enorme. O canudo contra metanol poderá ser usado em festas, bares e até em casa, prevenindo tragédias causadas por bebidas adulteradas. Além de prático, o dispositivo é de baixo custo e tem potencial de produção em larga escala.
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A pesquisa, publicada na revista Food Chemistry em 2025, começou com testes em cachaças brasileiras, mas os cientistas afirmam que o método pode ser aplicado a qualquer destilado, como vodca, uísque e tequila. O avanço coloca o Brasil na vanguarda das tecnologias de segurança alimentar, e mostra que ciência e inovação podem salvar vidas de forma simples e acessível.