O Itaú Unibanco condenado por determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) vai pagar indenizações de R$ 9.000 a cerca de mil trabalhadores demitidos em setembro de 2025, após alegações de baixa produtividade no home office. O acordo também inclui a 13ª cesta-alimentação e valores adicionais variáveis conforme o tempo de casa.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, os trabalhadores atingidos devem deliberar sobre a proposta em assembleia híbrida marcada para quinta-feira (9). A adesão será individual e poderá ser formalizada em até seis meses após aprovação.
Itaú é condenado a indenizar ex-funcionários em R$ 9 mil: como será o pagamento
- Até 23 meses de casa: 4 pisos salariais do Itaú;
- Mais de 2 anos de casa: 6 pisos salariais, acrescidos de meio salário por ano trabalhado, com teto de 10 salários;
- Financiamentos imobiliários: condições diferenciadas mantidas;
- Home office: modelo preservado para os ex-funcionários.
A presidente do sindicato, Neiva Ribeiro, comentou: “A proposta é positiva, embora reafirmemos nossa indignação com a forma como as demissões foram conduzidas. Seguiremos mobilizados pelos direitos dos bancários.”
Demissões monitoradas digitalmente
As dispensas ocorreram após monitoramento digital por quatro meses, que registrou o uso do computador em regime híbrido ou remoto. Cerca de 2 mil funcionários apresentaram baixa atividade, alguns com apenas 20% de uso diário do sistema, mas ainda computando horas extras.
O banco afirma que os cortes não configuram demissão em massa, mas “desligamentos plúrimos” baseados em critérios individuais de produtividade, em conformidade com a legislação.
Reação do sindicato
O Sindicato dos Bancários buscava a reintegração dos demitidos, mas, embora o pedido não tenha sido aceito, considera o acordo uma vitória parcial:
“Garantimos reconhecimento e indenização para esses trabalhadores, além da manutenção do modelo de teletrabalho”, disse Valeska Pincovai, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE Itaú) ao Diário do comércio.
Próximos passos
Se aprovado em assembleia, os pagamentos começarão a ser feitos nos próximos meses, após a adesão individual de cada ex-funcionário.
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O caso do Itaú condenado reforça a importância de regras claras para o home office e o monitoramento de produtividade, mostrando o impacto das decisões judiciais no setor bancário.