O cometa 3I/Atlas voltou a chamar a atenção de astrônomos e agências espaciais. Neste momento, o objeto não pode ser visto da Terra, já que está do outro lado do Sistema Solar, mas sondas que orbitam Marte conseguiram capturar imagens inéditas desse raro visitante interestelar.
As novas observações foram feitas pela sonda ExoMars Trace Gas Orbiter, da Agência Espacial Europeia (ESA), e divulgadas na última terça-feira (7). O registro mostra o cometa 3I/Atlas se movendo lentamente entre as estrelas mais distantes, a cerca de 32 milhões de quilômetros do planeta vermelho.
Cometa 3I/Atlas é flagrado perto de Marte, e Nasa prepara novas imagens: importância do feito
De acordo com o professor Nicolas Thomas, da Universidade de Berna, a captura representa um feito impressionante. A câmera da sonda, projetada para observar a superfície marciana, precisou ajustar o foco e o tempo de exposição para conseguir distinguir um objeto até 100 mil vezes menos brilhante que suas imagens habituais.
As fotos coloridas obtidas por meio de filtros vermelho, azul e infravermelho próximo poderão revelar detalhes inéditos sobre a composição do cometa. Segundo os cientistas, a variação na luz azul pode indicar o tamanho das partículas de poeira e gelo, que se alteram conforme o núcleo se aquece e libera vapor.

Enquanto a ESA analisa os dados, a Nasa também prepara suas próprias imagens. A sonda Mars Reconnaissance Orbiter registrou o mesmo fenômeno no início do mês, e os resultados devem ser divulgados em breve, embora o atual shutdown do governo americano tenha atrasado o processo.
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O cometa 3I/Atlas é apenas o terceiro objeto interestelar já identificado passando pelo Sistema Solar. Ele veio de fora da nossa vizinhança cósmica e pode ajudar os cientistas a entender melhor a origem e o comportamento de corpos que vagam entre as estrelas.
Enquanto isso, amadores que analisam imagens do rover Perseverance, em Marte, afirmam ter identificado rastros do cometa. Caso confirmado, o registro reforçará o papel das missões em solo marciano na observação de eventos que, da Terra, são praticamente invisíveis.