A Câmara Municipal de Canoas aprovou por unanimidade, na última terça-feira (14), o projeto de lei que autoriza a criação do programa TeleCio, uma iniciativa voltada ao agendamento de castrações emergenciais de fêmeas caninas e felinas em cio.
A proposta é de autoria do vereador Cris Moraes (PV), líder da bancada do Partido Verde.
Com a aprovação, o município de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, passa a contar com um canal exclusivo para pedidos de castração em situações de urgência, priorizando animais em situação de rua, abrigos e famílias em vulnerabilidade social.
O programa TeleCio será coordenado pela Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal, responsável pela regulamentação e operacionalização do serviço.
TeleCio: saiba como vai funcionar o programa de castrações emergenciais em Canoas: O custeio do serviço será feito com recursos do orçamento municipal
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De acordo com o texto aprovado, o TeleCio funcionará como ação permanente do Poder Executivo, utilizando estruturas já existentes de atendimento ao cidadão, como o número 0800, para registrar solicitações e acionar equipes de castração.
Entre as diretrizes do programa estão a identificação de fêmeas em cio nas ruas, o atendimento emergencial com suporte veterinário e o agendamento prioritário para essas situações.
O custeio do serviço será feito com recursos do orçamento municipal, já destinados à política de proteção animal.
Na justificativa do projeto, o vereador Cris Moraes destacou que a proposta não cria novas despesas para o município, apenas organiza e agiliza um serviço que já é realizado pela prefeitura.
“A Prefeitura já faz castrações. O que pedimos é prioridade para as fêmeas que estão no cio. Com isso, a gente vai diminuir uma série de problemas”, afirmou o parlamentar.
Segundo ele, a ideia surgiu a partir do diálogo com protetores de animais e da observação direta da realidade nas ruas.
“Quem trabalha com a causa animal sabe o que é uma fêmea no cio na rua a quantidade de machos atrás desse animal, as brigas, os atropelamentos, as crias indesejadas. É aí que está o problema. A gente precisa atacar na raiz”, completou.