O relógio vai mudar no Brasil? Essa é a pergunta que milhões de brasileiros fazem todos os anos quando chega o segundo semestre. Entre defensores e críticos do ajuste no horário, um assunto voltou a pegar fogo nas redes sociais: o possível retorno do horário de verão 2025.
Muita gente já começou a especular memórias recentes, os dias mais longos, a economia de energia no passado e claro, aquela polêmica eterna: quem gosta ama, quem odeia sofre. Mas existe mesmo a chance dele voltar este ano? Afinal, o relógio vai ou não vai adiantar uma hora?
A resposta oficial é: até agora, não há confirmação de que o horário de verão 2025 será retomado.
E o motivo não é político ou simplesmente por “falta de vontade”, como muitos acreditam. A explicação vem diretamente do setor energético.
Governo explica por que o horário de verão 2025 não deve voltar
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, estudos técnicos mostram que o Brasil não precisa mais do horário de verão para economizar energia. Isso porque o país hoje possui um sistema elétrico considerado estável e robusto, segundo afirmou o ministro Alexandre Silveira.
Ele explicou que o Brasil tem avançado muito no uso de energias renováveis, como hidrelétricas, eólica e solar, o que fortaleceu a matriz energética e tornou o consumo mais equilibrado ao longo do dia.
Os reservatórios das hidrelétricas estão com níveis satisfatórios, garantindo segurança energética mesmo nos períodos de maior demanda. Além disso, o país vive uma nova fase de modernização no setor elétrico.
O que muda em 2025 no lugar do horário de verão
Em vez de retomar o horário de verão em 2025, o governo vai apostar em tecnologia. Já está previsto para o ano que vem o lançamento de leilões para aquisição de baterias de armazenamento, que permitirão guardar energia solar e eólica para uso nos horários de maior consumo.
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Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), essa estratégia é muito mais eficiente do que recorrer ao horário de verão, que era uma medida emergencial usada em décadas passadas, quando o Brasil tinha pouca capacidade de geração energética.
Outro ponto destacado pelos especialistas é que, depois de 2019, a economia gerada pelo horário de verão caiu drasticamente. Isso porque os hábitos de consumo mudaram: a maior demanda de energia hoje é à noite, por causa do uso massivo de aparelhos eletrônicos, iluminação e ar-condicionado.