A aposentadoria costuma ser um sonho distante para milhões de trabalhadores ao redor do mundo, conquistada apenas após décadas de esforço e contribuição. Mas um caso recente chamou a atenção de especialistas em previdência e viralizou nas redes: um jovem conseguiu pensão integral aos 23 anos, após atuar apenas dois anos no serviço público.
A história, que parece improvável à primeira vista, aconteceu na Rússia e envolve Pavel Stepchenko, natural da cidade de Voronej. Após cinco anos estudando para ingressar no serviço estatal, ele iniciou sua carreira na divisão territorial do sistema de assuntos internos russo. Aos poucos, foi construindo sua trajetória profissional, sem imaginar que ela tomaria um rumo totalmente inesperado em tão pouco tempo.

Jovem de 23 anos se aposenta com pensão integral após dois anos de trabalho e causa polêmica: como isso foi possível?
Pouco depois de entrar no cargo público, a Rússia decretou lei marcial, e esse detalhe mudou completamente seu destino. Segundo a legislação russa vigente, períodos de trabalho exercidos durante lei marcial têm contagem de tempo diferenciada: cada mês equivale a três meses de contribuição. Ou seja, na prática, os dois anos de Pavel foram contabilizados como seis anos de tempo de serviço, suficientes para solicitar formalmente a aposentadoria e garantir pensão integral vitalícia.
O caso rapidamente repercutiu porque não envolve fraude, esquema ilegal ou privilégio político: tudo foi feito dentro da lei. A legislação russa justifica a contagem acelerada de contribuição como forma de compensação pelos riscos físicos e emocionais enfrentados por trabalhadores estatais em períodos críticos.
Especialistas afirmam que situações como essa são raras, mas expõem como as regras previdenciárias podem variar radicalmente de país para país. Enquanto em algumas nações é necessário contribuir por mais de 30 anos para ter direito a aposentadoria, outros sistemas, como o russo, permitem exceções em casos de emergência nacional ou serviço de risco.
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Mesmo aposentado muito jovem, Pavel Stepchenko declarou que não pretende viver apenas da pensão integral. Em entrevista à imprensa local, afirmou que quer continuar estudando e construir novas oportunidades profissionais, agora com a tranquilidade de ter uma renda garantida. “A aposentadoria não significa que vou parar. Pelo contrário, agora posso escolher melhor meu futuro”, disse ele.
O episódio reacendeu discussões sobre justiça previdenciária e levantou questionamentos sobre eventuais brechas legais que podem favorecer determinados grupos. Ao mesmo tempo, colocou em destaque a realidade de países que flexibilizam suas regras em momentos de instabilidade nacional.
