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26 de outubro de 2025

ALERTA: temperatura que indica febre em crianças muda e surpreende famílias

Nova diretriz revela mudança na temperatura que indica febre em crianças e deixa pais em alerta. A explicação pegou muita gente de surpresa.

A temperatura corporal que passa a ser considerada febre em crianças mudou oficialmente no Brasil e está causando surpresa entre pais e cuidadores. A nova diretriz foi divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e redefine o conceito de febre em bebês e crianças, adotando agora 37,5°C como limite para alerta, quando medida na axila com termômetro digital.

Antes, o número que servia de referência era 37,8°C, mas isso mudou após novas avaliações científicas e estudos internacionais que demonstraram que a definição anterior poderia atrasar diagnósticos e tratamentos.

Por que mudou o conceito de febre em crianças?

Segundo o documento “Abordagem da Febre Aguda em Pediatria e Reflexões sobre a Febre nas Arboviroses”, publicado pela SBP em 2025, a temperatura sozinha não deve mais ser usada como único critério para avaliar febre em crianças. Agora, médicos recomendam que também seja observada a condição geral do pequeno: comportamento, nível de alerta, respiração e hidratação.

A mudança tem como objetivo combater a chamada “febrefobia” – o medo exagerado dos pais diante de qualquer elevação da temperatura corporal. Especialistas alertam que a febre não é uma doença, e sim um mecanismo natural de defesa do organismo contra infecções.

Quando é considerada febre de verdade?

A nova classificação define:

37,5°C ou mais na axila → já é considerada febre
38°C ou mais por via oral ou retal → febre confirmada
Acima de 39,5°C → alerta para febre alta e risco de complicações

A SBP reforça que não é necessário medicar imediatamente sempre que houver febre. A prioridade deve ser observar se a criança está ativa, hidratada e respirando bem.

Febre não é inimiga: entenda o que ela revela no corpo

Especialistas destacam que o aumento da temperatura corporal é uma reação positiva do sistema imunológico. A febre acelera o metabolismo e dificulta a multiplicação de vírus e bactérias. Diferente da hipertermia, que acontece quando o corpo aquece por causas externas (como calor intenso), a febre é um ajuste interno controlado pelo cérebro.

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Por isso, o tratamento só deve ser feito se houver desconforto, dor ou piora do quadro.

Quando levar a criança ao médico com febre?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, procure atendimento médico imediatamente se:

  • A criança tem menos de 3 meses de idade
  • A febre passa de 39,5°C
  • A criança está muito sonolenta, irritada ou prostrada
  • Há sinais de desidratação (boca seca, xixi reduzido)
  • Dificuldade para respirar
  • Criança com doenças crônicas ou imunidade baixa
  • Febre que dura mais de 48 horas sem causa aparente

Uso de antitérmicos: quando é realmente necessário?

Segundo a SBP, não é recomendado alternar antitérmicos como dipirona, ibuprofeno e paracetamol. Isso aumenta o risco de intoxicação sem melhorar o controle da febre.

Use antitérmicos apenas quando houver:

  • Dor de cabeça intensa
  • Irritabilidade ou mal-estar
  • Dificuldade para dormir
  • Desconforto claro

Em bebês menores de 1 mês, o paracetamol é o único indicado e deve sempre seguir orientação médica.

Fique atento

A mudança na definição de febre em crianças não significa mais perigo, mas sim uma avaliação mais responsável e atualizada do quadro febril. A mensagem principal dos pediatras é clara: mais importante que o número no termômetro é o estado geral da criança.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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