A Nestlé, maior empresa de alimentos e bebidas do planeta, anunciou uma das maiores reestruturações corporativas de sua história, com demissões em massa que devem afetar cerca de 16 mil trabalhadores em vários países. A medida foi confirmada pela própria companhia, que declarou estar encerrando um “ciclo” interno para adotar um modelo mais enxuto e automatizado.
Segundo a empresa, as mudanças fazem parte de uma estratégia agressiva de transformação, com o objetivo de reduzir custos e aumentar eficiência operacional. A notícia caiu como uma bomba entre funcionários e no mercado global, gerando incerteza e tensão em diversas unidades da Nestlé.
Reestruturação mira cargos de escritório
De acordo com o comunicado oficial, cerca de 12 mil cortes devem atingir profissionais de áreas administrativas, setores corporativos e cargos de gestão, conhecidos como funções de “colarinho branco”. Outros 4 mil desligamentos estão previstos em setores de produção e logística.
A empresa afirmou que está automatizando processos internos e digitalizando departamentos estratégicos, o que reduzirá significativamente a necessidade de mão de obra humana.
Novo CEO acelera cortes e muda rumo da Nestlé
A decisão vem sob comando do novo CEO, Philipp Navratil, que assumiu a liderança da empresa com um plano ousado e polêmico. Ele afirmou que esta é “uma transformação necessária para manter a competitividade global”.
O executivo também ampliou a meta de redução de custos:
- Antes: 541 milhões de euros
- Agora: 1,08 bilhão de euros até 2027
Essa nova diretriz, mais agressiva, coloca a Nestlé no mesmo caminho de outras gigantes globais que estão substituindo pessoas por inteligência artificial e automação.
Mas a Nestlé está em crise financeira?
Apesar do corte massivo, a empresa nega qualquer crise financeira. Pelo contrário: a Nestlé registrou crescimento orgânico de 3,3% nas vendas nos primeiros nove meses de 2025. Ou seja, as demissões não são motivadas por prejuízos, mas por uma estratégia de redução de gastos e aumento de lucros.
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Onde acontecerão as demissões?
A Nestlé não revelou quais países serão mais afetados, mas fontes internas afirmam que os cortes devem atingir todas as regiões onde a empresa atua, incluindo América Latina e possivelmente o Brasil. Ainda não há confirmação oficial sobre o impacto direto para funcionários brasileiros.

