A tecnologia está transformando a forma como tratamos doenças neurológicas. Um exemplo disso é o projeto desenvolvido por Jaqueline Melo, aluna do 10º semestre de Fisioterapia da Ulbra Canoas, que utiliza realidade virtual não imersiva como ferramenta terapêutica para pacientes com doença de Parkinson.
O estudo, intitulado “O impacto da realidade virtual não imersiva na velocidade da marcha, equilíbrio dinâmico, quedas e qualidade de vida em indivíduos com doença de Parkinson”, é realizado no Centro Multiprofissional da Ulbra, clínica-escola que oferece atendimentos fisioterapêuticos à comunidade.
Aluna da Ulbra Canoas utiliza jogos como aliados no tratamento de Parkinson
Duas vezes por semana, pacientes participam de sessões com jogos online de bambolê, caminhada e boxe, que estimulam a prática de atividade física de forma lúdica e segura. Os resultados, que serão apresentados no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante em dezembro, já mostram avanços importantes.
“Percebemos melhorias no equilíbrio e na coordenação motora, especialmente com o bambolê. O medo de cair diminuiu”, relata Jaqueline.
LEIA MAIS:
- “As três unidades estão funcionando normalmente” diz secretário sobre atendimento nas UPAs de Canoas
- Eduardo Leite oferece apoio das forças de segurança do RS ao Rio de Janeiro
- Dia da Consciência Negra é feriado nacional? Saiba quem tem direito à folga
Parkinson: desafios e possibilidades
A doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta o sistema nervoso central, provocando tremores, rigidez muscular e dificuldades de movimento. Segundo a OMS, mais de 8,5 milhões de pessoas vivem com Parkinson no mundo — cerca de 200 mil no Brasil.
A orientadora do projeto, professora Simone Poletto, destaca que o uso de jogos eletrônicos tem se mostrado eficaz no estímulo de movimentos e na melhora de aspectos motores e cognitivos dos pacientes.
“É uma forma de tratamento que alia tecnologia, motivação e resultados clínicos positivos”, afirma a docente.
Experiência prática e formação humanizada
Além dos benefícios aos pacientes, o projeto também contribui para a formação dos futuros fisioterapeutas. “Os alunos aprendem a adaptar exercícios, avaliar respostas e desenvolver raciocínio clínico com empatia e sensibilidade”, completa Simone.
Depoimento de quem vive a experiência
O professor aposentado José Silvio da Silva, 62 anos, diagnosticado com Parkinson há dois anos, participa do projeto desde 2024. Ele relata os benefícios da prática:
“Mesmo cansado, não deixo de vir. O jogo me ajudou a ter mais equilíbrio, disposição e até melhorou meu humor. Não podemos ficar parados.”-
Sobre o Centro Multiprofissional da Ulbra Canoas
A clínica-escola oferece atendimentos de baixo custo à comunidade, com foco em fisioterapia individual e em grupo, sempre supervisionados por profissionais e professores. O espaço também é voltado para aulas práticas e desenvolvimento de pesquisas científicas.
Endereço: Avenida Farroupilha, 8.001 – Prédio 22 – Térreo (ao lado do Hospital Universitário)
Agendamentos: (51) 3477-9198 | WhatsApp: (51) 98479-0280
