A Anatel informou no último sábado (1º) que dezenas de plataformas ilegais de streaming deixaram de funcionar no Brasil. A interrupção ocorreu após uma decisão da Justiça da Argentina, país onde os serviços estavam hospedados.
Segundo a agência, mais de 30 plataformas foram derrubadas, incluindo o popular My Family Cinema, amplamente usado por brasileiros. A ação faz parte de uma operação internacional de combate à pirataria audiovisual, com apoio de entidades como a Aliança Contra a Pirataria Audiovisual (ALIANZA).
Veja o que diz a Anatel
Embora a Anatel não tenha participado diretamente da decisão, a agência destacou que a medida argentina impactou diretamente o acesso dos usuários no Brasil. Outras plataformas seguem sendo desativadas nos próximos dias.
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A Anatel vem reforçando suas ações contra o mercado ilegal de TV Box e serviços de “gatonet”, alertando que o uso dessas tecnologias pode comprometer a segurança dos consumidores, com risco de roubo de dados e ataques cibernéticos.
“É importante que o consumidor brasileiro assine apenas serviços regulares e desconfie de ofertas muito baratas”, alertou a agência.
Mas o que são e como funcionam os “gatonets”?
Os “gatonets” funcionam por meio de aparelhos conhecidos como TV Box piratas, que acessam e distribuem ilegalmente sinais de TV por assinatura e plataformas de streaming. Esses dispositivos são configurados para desbloquear canais pagos e conteúdos premium sem autorização das operadoras, burlando os sistemas de segurança das emissoras. Normalmente, os usuários compram o aparelho em sites ou lojas virtuais e o conectam à internet, obtendo acesso a uma enorme lista de canais, filmes e séries — tudo sem pagar pelos direitos de transmissão.
Apesar de parecer uma alternativa “barata”, o uso dos gatonets é ilegal no Brasil e pode trazer sérios riscos. Além de expor os usuários a multas e processos, os aparelhos muitas vezes vêm com malwares embutidos, capazes de roubar senhas bancárias, dados pessoais e informações de cartões de crédito. Segundo a Anatel, muitos desses dispositivos também servem como porta de entrada para redes de hackers, comprometendo não apenas a segurança do consumidor, mas também a estabilidade da internet doméstica.

