O governo federal fez mudanças importantes no CadÚnico 2025, o sistema que reúne informações sobre famílias de baixa renda e dá acesso a programas sociais. A atualização, realizada em março deste ano, tem como objetivo impedir o acúmulo irregular de benefícios e reforçar o controle sobre fraudes.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, a reformulação foi necessária após simulações mostrarem que uma única família poderia acumular até R$ 3.688 por mês em auxílios, ao omitir rendas e vínculos familiares. A partir de agora, o sistema faz cruzamentos automáticos com dados da Receita Federal, INSS, Denatran e instituições financeiras para identificar inconsistências.
Veja as declarações ilegais do CadÚnico
As irregularidades mais comuns envolvem a declaração incorreta da composição familiar. Com as novas ferramentas, o CadÚnico passa a verificar em tempo real se há divergências entre os registros e as informações oficiais. A atualização também amplia o uso da biometria facial e digital, garantindo mais segurança na autenticação.
Entre os programas afetados pelas mudanças estão o Bolsa Família, o BPC, o Auxílio Gás e os benefícios regionais, como os programas estaduais de transferência de renda. Famílias que apresentarem dados incompatíveis poderão ter os pagamentos bloqueados até que o cadastro seja regularizado.
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O Ministério informou ainda que mais de 2,7 milhões de famílias foram excluídas do Bolsa Família desde 2022 por irregularidades detectadas durante as revisões. O objetivo é assegurar que o dinheiro chegue a quem realmente precisa.
Com o novo CadÚnico 2025, o governo aposta em tecnologia e inteligência artificial para reduzir fraudes, cruzar informações e manter os auxílios dentro dos critérios corretos de renda.

