O Fort Atacadista, rede de atacarejo pertencente ao Grupo Pereira, está promovendo uma iniciativa social chamada de Projeto Reeducando, voltado à reinserção de pessoas privadas de liberdade no mercado de trabalho. A ação acaba de ser implantada em Canoas e já começa a impactar diretamente a realidade de reeducandos da região.
Sobre o projeto do Fort Atacadista em Canoas
Criado como projeto-piloto em 2014, o Reeducando surgiu com quatro participantes em uma unidade do Bate Forte, atacadista do grupo no Mato Grosso do Sul. Desde então, mais de 700 pessoas já foram beneficiadas em diferentes estados. No Rio Grande do Sul, o projeto chegou a Canoas, Caxias do Sul e Viamão, com previsão de expansão para Gravataí, Novo Hamburgo e Santa Cruz do Sul até o fim de 2025.
A iniciativa é realizada em parceria com o Departamento de Trabalho Prisional do Estado e oferece vagas para presos em regime fechado, semiaberto e aberto. As oportunidades incluem funções como manutenção de carrinhos, depósito de mercadorias, televendas, cozinha, reposição e centros de distribuição. Os participantes têm direito à remição de pena — um dia a menos na sentença a cada três dias trabalhados — além de remuneração conforme previsto pela legislação brasileira.
“Nós, do Grupo Pereira, acreditamos que oferecer uma oportunidade real de trabalho é uma forma concreta de mudar essa realidade. O projeto Reeducando nasceu com essa missão: transformar o tempo de pena em tempo de reconstrução”, afirma Paulo Nogueira, diretor de Gente e Gestão do Grupo Pereira.
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Uma nova chance
A estreia do programa foi em Canoas, com dois reeducandos: Miguel, de 38 anos, e Edson, de 33 anos, que estão trabalhando como auxiliares de carga e descarga. “É uma forma de continuar trabalhando, assinar a carteira e seguir em frente”, comenta Edson. “O sistema (prisional) te larga em um lugar que não é teu mundo. Com o trabalho, nos mantemos vivos”, complementa Miguel.
É uma ação social que gera ganhos para todos. “A iniciativa é boa porque dá uma nova porta de entrada para o mercado de trabalho. É uma segunda chance para eles e uma oportunidade para a empresa também, porque essas pessoas são qualificadas. Eles entram aqui e são acolhidas pela equipe”, relata o encarregado de depósito do Fort Atacadista de Canoas, Gilvane Dalpiaz.
Wagner Guilherme Adler, é outro reeducando que encontrou no programa uma oportunidade. No passado, fez um pouco de tudo. Trabalhou em obras, com vendas, com shows e eventos. Agora, ele trabalha na unidade do Fort Atacadista em Caxias do Sul. Começou como auxiliar de manutenção e, em apenas três dias, já foi parar na cozinha. A vocação vem de família. “Meu pai era dono de restaurante. Meus tios tinham padaria e confeitaria”, conta. “Eu não imaginava que seria isso aqui, mas sabia que viria algo bom”.
Sobre o Grupo Pereira
Fundado em 1962, o Grupo Pereira é um dos maiores conglomerados varejistas do Brasil, com mais de 22 mil funcionários e 174 unidades de negócio, incluindo 69 lojas do Fort Atacadista. A empresa também é a primeira do setor a receber o selo CAFE (Certified Age Friendly Employer), concedido pelo norte-americano Age Friendly Institute.
Com a chegada do Projeto Reeducando a Canoas, o Fort Atacadista reforça seu compromisso com a transformação social e a geração de oportunidades, contribuindo para a redução da reincidência criminal e a reconstrução de trajetórias.

