O ex-deputado estadual um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e aliado histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi morto a facadas pelo próprio filho.
Paulo frateschi foi morto pelo filho Francisco Frateschi.
O caso aconteceu durante uma briga familiar ocorrida na última quinta-feira (6), em São Paulo. A confirmação foi feita por pessoas próximas à família e por lideranças petistas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
De acordo com relatos, o desentendimento aconteceu dentro da residência dos Frateschi, na zona oeste da capital paulista. Durante a confusão, Paulo foi atingido por golpes de faca na cabeça e nos braços. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.
A esposa do ex-parlamentar, Yolanda Maux Viana, tentou intervir e acabou ferida, sofrendo uma fratura no braço. Ela foi atendida na UPA da Lapa e está fora de perigo.
Saiba quem é o ex-deputado morto com golpes de faca pelo filho: Paulo Frateschi teve carreira marcada pela militância política e pela defesa dos direitos humanos
O filho, Francisco, foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia. A Polícia Civil de São Paulo investiga o caso e busca esclarecer o que motivou o ataque.
Militante histórico do PT e defensor da democracia
Figura importante na história do PT, Paulo Frateschi teve carreira marcada pela militância política e pela defesa dos direitos humanos. Durante a ditadura militar, foi preso e torturado, tornando-se símbolo de resistência contra o regime.
Nos anos 2000, durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (2001–2004), Frateschi exerceu o cargo de secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo. Também foi presidente estadual do PT e ocupou funções estratégicas na estrutura nacional do partido.
Em 2019, ao comentar a prisão de Lula, o ex-deputado classificou o episódio como “perseguição política”, relacionando-o às práticas autoritárias da ditadura.
Tragédias familiares marcaram sua trajetória
A vida pessoal de Paulo Frateschi foi marcada por duas grandes tragédias. Em 2002, ele perdeu o filho Pedro, de 7 anos, em um acidente na rodovia Carvalho Pinto, em Guararema (SP). Um ano depois, em 2003, o filho Júlio, de 16 anos, também morreu em um acidente de carro na rodovia Rio-Santos, entre Paraty e Angra dos Reis (RJ).
Na época, o velório do jovem contou com a presença de Lula, ministros e lideranças do PT, em solidariedade ao então dirigente petista.
