A notícia pegou muita gente de surpresa e deixou o país em alerta. Depois de anos de crise financeira, a Oi teve sua falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro. A decisão marca o fim de uma era para a empresa que já foi uma das maiores operadoras de telefonia do Brasil.
O caso correu na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) e foi confirmado na última segunda-feira (10). A medida vem após uma das maiores recuperações judiciais da história do país, que durou quase uma década e envolveu bilhões de reais em dívidas.
Mas afinal, o que acontece agora com os serviços da empresa? E quem depende da Oi (seja para ligações, internet ou sistemas públicos) precisa se preocupar?
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Segundo a Justiça, os serviços essenciais devem continuar funcionando normalmente durante a transição, até que os ativos sejam vendidos e outras empresas assumam as operações.
O que deve continuar funcionando após falência da Oi
Mesmo em processo de falência, a Oi precisa manter serviços considerados vitais. Isso inclui a rede de conectividade pública e privada, que atende órgãos do governo, Forças Armadas e até bancos.
Entre os exemplos está o projeto Ebnet Fronteiras, que conecta bases do Exército Brasileiro em 10 estados (operação que seguirá ativa durante a fase de transição).
Outro ponto importante é a telefonia em áreas remotas. A Oi ainda é responsável por orelhões e linhas fixas em regiões isoladas, onde outras operadoras não têm presença. Segundo a Justiça, esses serviços não podem ser interrompidos até que outra empresa assuma a operação.
Controle aéreo e redes bancárias
A rede de controle de tráfego aéreo, operada pelo Cindacta, já começou a ser transferida para a Claro, empresa que também assumiu parte das operações móveis da Oi. O Cindacta é responsável por monitorar e defender o espaço aéreo brasileiro — por isso, sua continuidade é prioridade.
A Caixa Econômica Federal também depende da infraestrutura da Oi para conectar suas 13 mil lotéricas em todo o país. Esse sistema garante saques, depósitos e pagamentos em tempo real. Durante a transição, a Oi manterá o funcionamento dessa rede até que o serviço passe para outra prestadora.
E os clientes comuns?
Quem tinha Oi Móvel, Oi TV ou Oi Fibra não precisa se preocupar com interrupções.
- Os clientes da Oi Móvel já foram transferidos, em 2022, para Claro, TIM e Vivo, conforme a região.
- A Oi TV foi vendida em 2025 para a Mileto Tecnologia, que assumiu a base de assinantes.
- Já o serviço de internet Oi Fibra passou para a V.tal, que agora opera sob a marca Nio.
Ou seja, mesmo com a falência decretada, os serviços que antes eram da Oi continuam sendo prestados, mas sob novas empresas.
O que esperar daqui pra frente
O Ministério das Comunicações informou que está acompanhando de perto o caso e garantiu que não haverá interrupção dos serviços de telecomunicações. A pasta também afirmou que está avaliando os impactos da decisão e apoiará a transição para novas operadoras.
Apesar da situação delicada, o consumidor comum não deve ser afetado de imediato. Mas os especialistas lembram: o cenário pode mudar com o andamento do processo judicial. Por isso, é importante acompanhar as informações oficiais divulgadas pelo governo e pelas operadoras que assumirem os serviços.

