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13 de novembro de 2025

PF faz operação surpresa e mira ex-nora de Lula em investigação sobre desvio de recursos públicos

A Polícia Federal investiga um suposto esquema de desvio de recursos do MEC e mirou a ex-nora de Lula. Veja o que foi descoberto.

Uma operação da Polícia Federal surpreendeu o país nesta quarta-feira (12). A ação, que ganhou o nome de Operação Coffee Break, apura um suposto esquema milionário de desvio de verbas do Ministério da Educação (MEC). O que chamou atenção é que entre os investigados estão nomes próximos à família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com as informações divulgadas, uma ex-nora de Lula e um ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, estão entre os principais alvos da operação. A PF suspeita que recursos públicos teriam sido desviados por meio de contratos superfaturados de kits de robótica e livros escolares destinados a prefeituras do interior de São Paulo.

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Mas o caso ficou ainda mais delicado quando o nome de Carla Trindade, ex-mulher de Marcos Cláudio Lula da Silva, filho da ex-primeira-dama Marisa Letícia, apareceu na lista de investigados. Segundo a PF, ela teria sido contratada por um empresário para atuar como lobista junto ao governo federal, alegando ter influência em decisões internas, especialmente no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

As investigações apontam que a empresa Life Tecnologia Educacional, envolvida no caso, vendia equipamentos com valores superfaturados, e parte do dinheiro teria sido desviada por meio de empresas de fachada. O empresário André Gonçalves Mariano, dono da empresa, foi preso durante a operação.

Outro nome citado é o do empresário Kalil Bittar, ex-sócio de Lulinha e irmão de Fernando Bittar, um dos donos do famoso sítio de Atibaia. A PF afirma que ele recebia uma “mesada” para representar os interesses do grupo e manter influência em “novos ministérios” após as eleições de 2022.

Ao todo, a Operação Coffee Break cumpriu 50 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, com apoio da CGU e da Polícia Militar de São Paulo. A Justiça ainda determinou a apreensão dos passaportes dos investigados. A Controladoria-Geral da União destacou que o desvio de verbas da educação “impede que os recursos sejam aplicados em serviços essenciais, prejudicando escolas e alunos de baixa renda”.

Em nota, a Prefeitura de Sumaré informou que o caso envolve contratos firmados na gestão anterior e que está colaborando integralmente com as autoridades. Já o ex-prefeito de Limeira, Mario Celso Botion, também citado, afirmou que todos os contratos seguiram “forma regular e transparente”.

A operação segue em andamento, e os investigadores acreditam que novos nomes poderão ser revelados nas próximas fases da investigação.

A reportagem da Agência GBC tenta contato com todos os supostos envolvidos, porém ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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