As discussões sobre o futuro dos benefícios trabalhistas voltaram a ganhar força em Brasília, e muita gente já teme como isso pode mexer no bolso no fim do mês. Para quem depende do auxílio para comer fora de casa ou fazer compras no supermercado, o alerta é real.
E as mudanças não são pequenas. O governo federal decidiu revisar pontos considerados ultrapassados no sistema atual, especialmente nos valores que as empresas pagam para manter o benefício funcionando. Na prática, isso pode alterar o jeito como milhões de brasileiros usam o vale no dia a dia.
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Vale-alimentação e refeição: o que vai mudar com as novas regras decretadas por Lula? Como isso afeta os trabalhadores?
Somente a partir da última terça-feira (11) é que o cenário fica mais claro: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina um decreto que cria novas regras do vale-alimentação e refeição, reduzindo taxas cobradas pelas operadoras e acelerando o repasse aos comerciantes. Hoje, essas taxas chegam em média a 6%, bem acima do cartão de débito (2%) e até do crédito (pouco mais de 3%).
Outra mudança importante é o prazo para que bares, restaurantes e mercados recebam o valor gasto pelos trabalhadores. Atualmente, esse repasse demora até 30 dias. Com as novas regras, esse tempo cai pela metade, o que, segundo o governo, deve destravar o fluxo financeiro de pequenos estabelecimentos.
Mas a alteração mais polêmica é a abertura do mercado, hoje dominado por arranjos fechados que decidem quem aceita ou não o vale. Com a mudança, qualquer maquininha será obrigada a aceitar qualquer cartão, aumentando a concorrência entre as bandeiras e reduzindo custos. Para especialistas, isso pode baratear a alimentação do trabalhador.
De acordo com o economista Gilberto Braga, ouvido pela CBN, a expectativa é positiva: mais concorrência significa taxas menores para comerciantes e empresas, o que tende a tornar o benefício mais acessível. “Se esses custos diminuírem, você poderia ter um custo de alimentação menor, e isso favorece o trabalhador”, explicou.

