20.9 C
Canoas
17 de novembro de 2025

Frentista de cropped: funcionária pede demissão após pressão por uniforme considerado inadequado

"A tal da frentista de cropped": Ela não imaginava que o novo uniforme mudaria tudo, e agora a Justiça deu uma resposta.

Uma denúncia trabalhista envolvendo uma funcionária de posto de combustíveis de Pernambuco chamou atenção por causa de uma exigência considerada humilhante. O caso, que começou de forma silenciosa, acabou se tornando mais um alerta sobre limites no ambiente de trabalho.

A situação só veio à tona quando a frentista procurou apoio jurídico após perceber que algo estava errado. Segundo o sindicato da categoria, ela chegou em estado de choque, sem saber como reagir à pressão constante que vinha sofrendo.

Foi somente depois que os detalhes foram divulgados que o caso passou a ser conhecido como o episódio da “frentista de cropped”, expressão que ganhou força nos últimos dias porque resume o ponto central do problema: a imposição de um uniforme que ela considerava inadequado e constrangedor.

LEIA TAMBÉM:

Frentista de cropped: funcionária pede demissão após pressão por uniforme considerado inadequado: entenda a história

(Foto: reprodução)

A funcionária contou que, após uma troca de gestão no posto, passou a ser cobrada para trabalhar usando legging e cropped, algo que não fazia parte do fardamento original. O advogado do sindicato informou que ela entendia que essas roupas a colocavam “em posição vulgar”, motivo pelo qual não aceitou a mudança. Por isso, deu entrada em um pedido de rescisão indireta, quando o empregado deixa o trabalho sem perder nenhum direito trabalhista.

Ela conseguiu se afastar do posto em outubro. Segundo o advogado, a saúde mental da frentista melhorou desde então, já que ela vivia ansiosa com a pressão diária. O caso acabou na Justiça, que determinou, em liminar, que o estabelecimento suspenda imediatamente qualquer exigência de fardamento considerado inadequado. Caso a regra seja descumprida, a multa é de R$ 500 por dia, por funcionária.

O sindicato reforçou que outras denúncias semelhantes surgiram em outro posto da região, destacando que exigir roupas que evidenciem o corpo coloca as trabalhadoras em risco e aumenta a chance de assédio. A entidade classificou o episódio como “inadmissível”.

Em nota, o posto afirmou que o caso aconteceu sob administração anterior e que as políticas internas já foram revisadas. Disse também que substituiu a legging por calça jeans desde a nova gestão. Já a distribuidora Petrobahia informou que a imagem usada na denúncia é antiga e não reflete as práticas atuais.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS