Muita gente que recebe benefícios sociais foi pega de surpresa por uma mudança que começa a avançar no país. Mesmo que não apareça de imediato na tela do celular, uma nova exigência pode afetar quem depende dos auxílios, mas só vai notar quem acompanhar o calendário oficial.
O governo já confirmou que a medida vale para diferentes programas, mas a transição será lenta e dividida em etapas. Ainda assim, especialistas alertam que ignorar o alerta pode gerar atrasos futuros no recebimento dos auxílios, especialmente para quem não tem nenhum documento atualizado.
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Entenda a biometria para receber auxílios
A regra envolve biometria nos auxílios e, segundo informações de Agência Brasil, o Ministério da Gestão e Inovação, o novo sistema foi criado para reforçar a segurança e impedir fraudes. Porém, só a partir do terceiro parágrafo o governo detalhou o ponto que realmente muda tudo: quem não tiver biometria cadastrada terá de emitir a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).
Hoje, 84% dos 68 milhões de beneficiários já possuem algum tipo de biometria registrada em bases oficiais, como CIN, CNH ou Justiça Eleitoral. Mas o restante entra no grupo que precisará se regularizar e, para quem não consegue usar biometria digital, a biometria facial será a alternativa.
Segundo o governo, não haverá bloqueio imediato e ninguém precisará correr para filas. O ajuste será feito aos poucos, durante as manutenções de cadastro, como nas provas de vida. Cada beneficiário receberá aviso individual, para evitar deslocamentos desnecessários.
Como fica o calendário da biometria nos auxílios
O governo dividiu a adoção obrigatória da biometria em quatro fases:
• 21 de novembro de 2025 – CIN passa a ser o documento prioritário. Novos pedidos e renovações do INSS e BPC já devem ter biometria. Outros programas, como Bolsa Família, passam a exigir a partir de maio de 2026.
• 1º de maio de 2026 – Quem já tem biometria usa normalmente; quem não tem deverá emitir a CIN para novos pedidos.
• 1º de janeiro de 2027 – Todas as renovações e concessões exigirão biometria registrada.
• 1º de janeiro de 2028 – A CIN se torna a única base biométrica aceita para novos benefícios e renovações.
Como será a atualização dos cadastros
Durante a prova de vida e outras manutenções, o sistema verificará se o beneficiário tem biometria válida. Quem não tiver será orientado a procurar o Instituto de Identificação do seu estado para emitir a CIN. O governo afirma que o objetivo é fortalecer a segurança dos auxílios sem interromper pagamentos de quem está regular.
Quem está dispensado temporariamente
A portaria prevê exceções para grupos com dificuldades de deslocamento ou documentação. Entre eles:
- Pessoas acima de 80 anos;
- Migrantes, refugiados e apátridas;
- Brasileiros residentes no exterior;
- Pessoas com dificuldade de locomoção por doença ou deficiência;
- Moradores de áreas de difícil acesso;
- Solicitantes de salário-maternidade, pensão por morte e benefícios por incapacidade até abril de 2026;
- Famílias do Bolsa Família dentro do CadÚnico até abril de 2026;
- Solicitantes de seguro-desemprego e beneficiários do abono salarial.
A dispensa, porém, exige comprovação.
