Em 2022, durante um campeonato escolar, o estudante Guilherme Bonard Rodrigues, então com 18 anos, precisou deixar o campo após quase desmaiar. O que parecia apenas cansaço típico de vestibulando revelou-se o início de uma luta contra a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença rara que destrói glóbulos vermelhos e pode levar a complicações graves.
Sintomas difíceis de reconhecer
- Fadiga intensa e urina escura pela manhã
- Tontura, falta de ar e dores abdominais ou torácicas
- Risco elevado de trombose e complicações como AVC ou embolia pulmonar
Segundo o hematologista Rodolfo Cançado, o diagnóstico costuma ser tardio porque poucos profissionais reconhecem o padrão da doença.
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Impacto na vida de Guilherme
Apaixonado por esportes, Guilherme viu sua rotina mudar rapidamente:
- Ficava exausto ao subir poucos degraus
- Teve que trocar a posição de atacante por goleiro
- Sofreu com perda de memória e dificuldade de concentração durante o vestibular
Novo tratamento mudou sua história
Em 2024, Guilherme enfrentava longas viagens até o Rio de Janeiro para receber a medicação. A rotina exaustiva mudou com a chegada de um tratamento para HPN oral, que trouxe qualidade de vida e permitiu que ele voltasse a praticar esportes e estudar com energia.
“Voltei a praticar esportes com um gás que eu não lembro de ter tido. Comecei a estudar de um jeito que achei que nunca conseguiria”, contou.
Do paciente ao futuro médico
Inspirado pelos especialistas que o acompanharam, Guilherme decidiu cursar medicina. Hoje, aos 21 anos, mora em Valença (RJ) e está no segundo período da faculdade. Ele sonha em ajudar outros pacientes com doenças raras.
“Tive a sorte de ser tratado em um grande centro e por médicos competentes. Isso fez diferença no desfecho da minha doença.”

