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02 de dezembro de 2025

Como se tornar Instrutor Autônomo e entrar na nova profissão criada após liberação da CNH sem autoescola

"Como se tornar Instrutor Autônomo" virou uma das dúvidas mais buscadas após liberação da CNH sem autoescola.

A liberação da CNH sem a obrigatoriedade de autoescola criou uma nova possibilidade profissional no Brasil. Com as mudanças recentes anunciadas pelo Ministério dos Transportes, surge oficialmente a figura do Instrutor Autônomo, permitindo que profissionais ministrem aulas práticas sem vínculo obrigatório com um Centro de Formação de Condutores (CFC).

Diante desse novo cenário, cresce a procura por informações sobre como se tornar Instrutor Autônomo e quais são os requisitos exigidos para atuar legalmente na função. A nova regulamentação amplia as oportunidades de trabalho e, ao mesmo tempo, oferece aos candidatos à CNH mais liberdade para escolher como aprender a dirigir.

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Para atuar como Instrutor Autônomo, o primeiro passo é verificar se você atende aos critérios mínimos exigidos pelo governo antes de iniciar o curso de formação específico. Somente após concluir essa etapa será possível solicitar a Carteira de Identificação Profissional de Instrutor Autônomo, que ficará disponível gratuitamente no site da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito).

Requisitos para atuar como Instrutor Autônomo

De acordo com o Ministério dos Transportes, são exigidas seis condições básicas para o exercício da profissão:

  • Ter no mínimo 21 anos de idade;
  • Possuir CNH válida há pelo menos dois anos;
  • Não ter cometido infração de natureza gravíssima nos últimos 60 dias;
  • Ter concluído o ensino médio;
  • Apresentar certificado de curso específico autorizado pelo órgão de trânsito;
  • Não ter sofrido cassação da CNH.

Somente quem atender a todos os requisitos poderá solicitar o credenciamento como Instrutor Autônomo junto ao Detran.

Formação e capacitação profissional

O curso de formação terá foco não apenas na parte técnica da condução veicular, mas também no preparo pedagógico do instrutor. Os conteúdos incluem legislação de trânsito, didática, direção defensiva e responsabilidade na condução de alunos.

Ao final do curso, o candidato realizará uma prova de avaliação de aproveitamento. Após aprovado, receberá um certificado que permitirá solicitar oficialmente a credencial de Instrutor Autônomo.

Durante as aulas, o profissional será responsável por monitorar o desempenho do aluno, corrigir falhas, orientar sobre comportamento seguro no trânsito e aplicar conceitos vistos na parte teórica durante a prática.

Veículos utilizados nas aulas

O carro ou motocicleta utilizados durante as aulas, sejam do aluno ou do instrutor, precisam cumprir todos os critérios de segurança estabelecidos pelo Código de Trânsito Brasileiro. Entre as exigências estão:

  • Estar dentro da idade máxima permitida para uso como veículo de ensino;
  • Apresentar bom estado de conservação e funcionamento;
  • Possuir identificação visível de veículo de aprendizagem.

Essas regras visam garantir segurança tanto para o instrutor quanto para o candidato à CNH.

Autorização e fiscalização

Após concluir a formação, o profissional precisa solicitar autorização no Detran para começar a trabalhar. Com a autorização concedida, seu nome será registrado nos bancos de dados do Ministério dos Transportes.

A consulta ao cadastro de instrutores será pública. Dessa forma, os candidatos poderão verificar se o profissional que oferece aulas está devidamente regularizado, inclusive quando a contratação for feita por redes sociais ou plataformas digitais.

O controle da atividade também será digital. O instrutor deverá registrar aulas realizadas, horários e local de atendimento por meio de sistemas eletrônicos definidos pelo Detran de cada estado.

Mesmo atuando de forma independente, o Instrutor Autônomo continuará sujeito à fiscalização dos órgãos de trânsito, que poderão realizar inspeções a qualquer momento.

Durante as aulas, o instrutor deve portar:

  • CNH válida;
  • Credencial profissional;
  • Licença de Aprendizagem Veicular;
  • CRLV do veículo utilizado.

Atuação paralela

Quem já trabalha em autoescola poderá continuar vinculado ao CFC e, simultaneamente, atuar como Instrutor Autônomo, desde que cumpra as exigências legais.

Segundo o Ministério dos Transportes, a criação da nova carreira representa um avanço trabalhista e amplia a liberdade profissional dentro do setor de formação de condutores.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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