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08 de dezembro de 2025

Famosa marca de leite em pó tem marca proibida

Soro de leite em pó parcialmente desmineralizado a 40% destinado a uso industrial

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a retirada de diversos produtos lácteosapós identificar uma série de irregularidades graves nas instalações da Laticínios Santa Maria Ltda.

A ação, classificada como preventiva, foi tomada depois que técnicos encontraram falhas de higiene, rótulos inconsistentes e ausência de autorização federal para linhas de produção que estavam em atividade.

Famosa marca de leite em pó tem marca proibida: Lotes irregulares

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A marca é a Natville. A medida atingiu três produtos fabricados entre janeiro e maio de 2023:

leite UHT integral (1 litro);

leite UHT desnatado (1 litro);

Soro de leite em pó parcialmente desmineralizado a 40%, destinado a uso industrial e comercializado em sacos de 25 kg.

Apesar de as embalagens indicarem unidades registradas no Serviço de Inspeção Federal (SIF), os itens eram produzidos sem os trâmites formais exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A discrepância entre o rótulo e a realidade da produção levou à suspensão imediata da venda e ao início de um processo de recolhimento.

As equipes de fiscalização também relataram problemas nos controles internos de qualidade e falhas nos procedimentos mínimos de higiene, elementos considerados indispensáveis para garantir a segurança de produtos lácteos. Por isso, a orientação aos consumidores foi clara: verificar lote, data de fabricação e informações do fabricante antes de consumir qualquer item Natville.

Em caso de correspondência com os lotes irregulares, a recomendação oficial é interromper o uso e buscar orientação junto ao SAC da empresa, à vigilância sanitária local ou diretamente no site da Anvisa.

A supervisão da cadeia de produtos de origem animal, como leite, carnes e ovos é dividida entre o Mapa e o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, coordenado pela Anvisa. O Mapa atua dentro das fábricas, avaliando condições de produção e processamento.

Já as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais verificam o que chega às gôndolas dos supermercados e demais pontos de venda.

Esse modelo estabelece responsabilidades claras em todas as etapas da cadeia produtiva. Entre as ações rotineiras estão inspeções em laticínios, análises laboratoriais, conferência de rotulagem e acompanhamento de denúncias feitas por consumidores.

Quando são detectados riscos sanitários, as autoridades podem exigir desde ajustes operacionais até a suspensão total da fabricação ou comercialização.

O recolhimento de alimentos voluntário ou determinado pelos órgãos reguladores é um dos mecanismos usados para retirar rapidamente do mercado itens que possam representar perigo. Cabe à empresa localizar e recuperar os lotes afetados, informar distribuidores e varejistas e comunicar o público sobre as medidas adotadas.

Normas recentes reforçaram a necessidade de transparência e agilidade nesses processos.

Segurança começa na indústria e continua com o consumidor

A prevenção de problemas sanitários depende da adoção rigorosa de boas práticas de fabricação. Indústrias de laticínios devem manter instalações limpas, equipe treinada e equipamentos em condições adequadas. Falhas nessas etapas podem resultar em suspensões como a da Natville.

Para o consumidor, ações simples ajudam a evitar riscos:

Conferir rótulos e validade, observar condições de armazenamento nos mercados, acompanhar alertas e comunicados da Anvisa e do Mapa.

Esses cuidados reduzem a chance de exposição a produtos irregulares e contribuem para evitar a repetição de casos semelhantes ao da Natville no mercado brasileiro.

Matheus Ferreira
Matheus Ferreira
Estudante de jornalismo, o pelotense Matheus Ferreira escreve notícias sobre economia, segurança, cotidiano e saúde.
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