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08 de dezembro de 2025

“Não será um evento rápido”: saiba por quantos dias o ciclone vai atuar sobre o RS, segundo a MetSul

O ciclone RS pode durar mais do que se imagina. Um detalhe revelado pela MetSul muda o cenário. Veja detalhes a seguir.

Quem acompanha a instabilidade sobre o Rio Grande do Sul deve se preparar para um cenário prolongado. De acordo com a MetSul Meteorologia, o ciclone no RS não será um evento rápido: os ventos mais intensos podem persistir por 24 a 36 horas seguidas, elevando o risco de danos e transtornos.

O sistema é classificado como de alta intensidade e terá impacto direto em diversas regiões gaúchas com chuva volumosa, temporais e rajadas de vento que podem passar dos 100 km/h em pontos mais expostos.

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Quando o ciclone começa a atuar no RS

A formação do sistema ocorre sobre o continente. Já nesta segunda-feira (8), uma área de baixa pressão muito profunda começa a se organizar a partir do nordeste da Argentina.

No território gaúcho, o ciclone entra em fase de maior intensificação entre:

  • Terça-feira (9)
  • Quarta-feira (10)

A tendência é de afastamento gradual a partir de quinta-feira (11).

Segundo a MetSul, o que chama atenção neste evento não é apenas a força, mas o comportamento do sistema.

Meteorologistas destacam que o ciclone terá deslocamento lento e trajetória irregular, permanecendo ativo por cerca de quatro dias, um padrão que não é considerado comum.

Pressão extremamente baixa

Modelos climáticos indicam pressão atmosférica entre 985 hPa e 990 hPa sobre o RS, valores considerados raríssimos para o território gaúcho e típicos de sistemas muito intensos.

Chuva excessiva e risco de alagamentos

Durante a passagem do ciclone, o Sul do Brasil pode registrar chuva localmente extrema. No RS, alguns pontos podem acumular entre:

  • 150 a 300 milímetros em poucas horas

A instabilidade começa entre a tarde e a noite desta segunda-feira.
Na terça, o sistema também afeta Paraná e Santa Catarina.
Na quarta-feira, o foco da chuva mais forte volta a ser o Rio Grande do Sul.

Há risco de:

  • Alagamentos urbanos
  • Inundações repentinas
  • Enxurradas
  • Transbordamento de arroios e córregos

Temporais severos e risco de vendavais

O início das tempestades deve ocorrer entre o fim da tarde e a noite desta segunda, pelo Oeste do Sul do Brasil.

Porém, o dia mais crítico será terça-feira, com:

  • Tempestades localizadas
  • Granizo de tamanho variado
  • Rajadas muito fortes

A MetSul ainda alerta para:

  • Possibilidade de supercélulas de tempestade
  • Risco, mesmo que baixo, de tornados no Sul do país

Ventos ciclônicos: quando será pior?

Os ventos associados ao ciclone tendem a persistir por muitas horas consecutivas.

Segundo a MetSul:

  • O vento começa a se intensificar no Litoral na noite de terça
  • A força máxima ocorre ao longo da quarta-feira
  • Rajadas ainda podem ocorrer no início da quinta-feira, especialmente na costa

As regiões mais afetadas devem ser:

  • Sul do RS
  • Leste do RS

Essas áreas ficam sob o núcleo (vórtice) do ciclone.

Impactos esperados

Com ventos contínuos por até 36 horas, o risco de:

  • Destelhamentos
  • Queda de árvores
  • Postes danificados
  • Falta de energia em grande escala

é considerado elevado, especialmente em áreas atendidas pela CEEE Equatorial.

Atenção redobrada

Especialistas alertam que o ciclone pode ter variações conforme novos dados são incorporados aos modelos.

A recomendação é:

  • Acompanhar avisos oficiais
  • Reforçar telhados e estruturas
  • Evitar áreas alagadas
  • Ficar atento a quedas de energia

O ciclone no RS não deve ser tratado como um evento comum. A duração prolongada, associada à intensidade, aumenta o potencial de impactos em várias regiões do Estado.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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