A possibilidade de interrupção nos serviços dos Correios começa a preocupar moradores de diferentes regiões do país, especialmente no Rio Grande do Sul. A situação ganha ainda mais atenção em cidades da Região Metropolitana, como Canoas, onde milhares de pessoas dependem diariamente do serviço postal para encomendas, documentos e benefícios.
Nos últimos meses, a estatal já vinha enfrentando dificuldades financeiras e operacionais, o que aumentou a apreensão de usuários diante de qualquer instabilidade. Agora, o cenário se agrava com a mobilização nacional dos trabalhadores.
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A preocupação não é apenas com atrasos pontuais. Em casos de paralisação prolongada, serviços essenciais podem ser diretamente impactados, afetando desde pequenas empresas até cidadãos que aguardam correspondências importantes.
Greve nos Correios é aprovada em 7 estados
Sindicatos que representam os trabalhadores aprovaram uma greve nos Correios por tempo indeterminado em sete estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba. A decisão foi tomada em assembleias realizadas nesta terça-feira (16).
Com isso, moradores de Canoas e de outras cidades gaúchas podem ficar sem atendimento normal nas agências, além de enfrentar atrasos significativos na entrega de cartas e encomendas.
Reivindicações envolvem salários, benefícios e condições de trabalho
Entre as principais pautas da greve estão a manutenção do adicional de férias de 70%, o pagamento em dobro aos finais de semana e a criação de um vale-refeição ou alimentação no valor de R$ 2,5 mil, apelidado de “vale-peru”.
Os trabalhadores também protestam contra mudanças que podem afetar direitos históricos, o plano de saúde da categoria e a estrutura atual de funcionamento dos Correios.
TST tenta mediar conflito entre sindicatos e estatal
Diante do impasse, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) atua como mediador entre as entidades sindicais e a direção da empresa. Até o momento, não há acordo firmado, o que mantém a greve ativa e sem previsão de encerramento.
Enquanto isso, a orientação é que a população acompanhe os comunicados oficiais sobre funcionamento de agências e prazos de entrega.
Crise financeira amplia impacto da greve
A greve nos Correios ocorre em meio a um rombo financeiro que já ultrapassa R$ 6 bilhões. A estatal tenta viabilizar um empréstimo com garantia do Tesouro Nacional para reorganizar as contas, além de estudar um Plano de Demissão Voluntária que pode atingir até 15 mil funcionários até 2027.
Esse cenário aumenta o risco de impactos prolongados nos serviços, especialmente em cidades como Canoas, que concentram grande volume de demandas postais.
O que moradores de Canoas podem esperar
Caso a paralisação se intensifique, agências podem operar com equipes reduzidas ou suspender atendimentos, além de atrasos em entregas de encomendas, documentos e correspondências oficiais.
A recomendação é que moradores evitem envios urgentes enquanto durar a greve e acompanhem novas atualizações sobre o movimento, que pode ganhar ainda mais adesão nos próximos dias.
A reportagem da Agência GBC tenta contato com os Correios, incluindo os de Canoas, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

